A história das Artes Plásticas em Almada, continua por fazer. Felizmente ainda estão entre nós vários "actores" dos primeiros grandes movimentos artísticos que se realizaram em Almada, e que sempre que são convidados falam da história de Almada no campo das artes, que acaba por se confundir com a história das suas vidas, com essa coisa agradável, de acrescentarem sempre mais algum dado novo e importante.
Foi o que aconteceu no serão de sexta feira, quando a IMARGEM (na sua excelente programação da "Arte em Festa", que decorre até ao fim do mês), convidou Francisco Bronze, Jorge Norwick e Louro Artur, para nos falarem de "Artes Plásticas: Três Monentos - Três Comentários".
Louro Artur falou mais que os seus dois companheiros, provavelmente por ter a memória mais fresca e também por sempre se ter interessado pela componente histórica no mundo das artes (até por ter sido professor...).
Viajámos pelas exposições do Convento dos Capuchos (anos 1950), pelo movimento artístico do café "Dragão Vermelho" (1959 a 1961), sem ignorar as várias exposições feitas nas Colectividades e o papel cultural das bibliotecas associativas, muitas vezes contrariado pelas direcções... E claro, os elementos que colaboraram nas muitas iniciativas realizadas, alguns apenas apoiantes, como foi o caso de Jaime Feio e Alfredo Canana, mas não menos importantes na sua divulgação.
Falámos ainda do "Manifesto Cultural" dos anos 1960, do mistério dos imensos quadros perdidos ao longo dos anos, oferecidos ao Município Almadense (desde os anos 1950...) e com mais suavidade do que a organização queria, do "Alternativa - Festival Internacional de Arte Viva" (teve três edições em Almada, 1981, 1982 e 1983).
Tudo isto para dizer que foi muito bom ouvir estes três artistas plásticos, que são uma parte importante da história das Artes Plásticas de Almada, até como fundadores da IMARGEM.
A fotografia é de Gena Souza.
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