Li hoje no "DN" uma notícia onde se salientava o facto de uma almadense ter atingido mortalmente um dos três assaltantes encapuçados que tentaram assaltar a sua vivenda, na Charneca de Caparica, onde estava na companhia do marido e dos seus dois filhos menores.
O título da notícia era, "mulher que matou ladrão ficou em liberdade".
E ficou muito bem, já que agiu em legítima defesa, depois dos ladrões terem surpreendido e ameaçado o marido com uma arma, entrando de seguida em casa pela porta da garagem. Quando eles pensavam ter a situação controlava, eis que apareceu a senhora, de arma em punho e ordenou aos assaltantes que se pusessem em fuga. Eles não acreditaram na coragem da mulher e só ficaram convencidos com os tiros disparados pela arma, que deixou um dos bandidos no chão. Os outros fugiram, deixando atrás de si, um rasto de sangue.
Claro que esta casa foi assaltada porque pertencia aos donos de uma ourivesaria de Almada. Os três assaltantes vinham atrás do cheiro do ouro...
Era bom que este exemplo fosse seguido por mais vitimas, apesar dos riscos que se correm e de as polícias aconselharem a que não se reaja a assaltos. De certeza que a onda de criminalidade começava a diminuir no nosso país...
Era bom que este exemplo fosse seguido por mais vitimas, apesar dos riscos que se correm e de as polícias aconselharem a que não se reaja a assaltos. De certeza que a onda de criminalidade começava a diminuir no nosso país...
A pintura que ilustra o texto é de André Lhote.
14 comentários:
Ai Luís, terá sido um exemplo de coragem, mas imagina que havia por aí armas em cabeças menos "decentes"?
Lá íamos nós atrás dos costumes do país das "amplas liberdades"...
Beijinho
É o que se chama:
uma Mulher de armas!
:)Beijos, Luís M.
Neste caso a arma estava em boas mãos e ainda por cima com pontaria!
Mas que é um perigo a banalização do uso de porte de armas, é!
E mais uma vez uma mulher da margem sul... :-))
Abraço
Como eu disse no meu blogue, "ah grande Maria!"
Ela correu um perigo imenso, mas nunca sabemos ao certo como iremos reagir diante de uma violência. Ainda bem que a vítima foi o assaltante.
Por vezes, a comunicação social me irrita um bocado...
Beijinhos
pois, isso leva-nos a uma discussão sem fim, Maria...
mas é preciso que alguém comece a enfrentar estes tipos, que acham que podem fazer tudo...
sem dúvida, M. Maria Maio.
é um perigo, Rosa, mas como as coisas estão, quem vive em lugares mais isolados, tem mesmo de ter algo para se proteger...
e disseste muito bem, Observador.
pois não, Cris.
a mim irrita-me muito, porque assume-se sempre como um pau de dois bicos, sem objectividade... só preocupada com a emoção das audiências...
Parece-me um conselho perigoso...(num curso que fiz há algo tempo fui alertada para outro perigo: muitas vezes, por imperícia das vítimas, são os agentes do crime que utilizam depois as armas contra aquelas)
Trouxeste um assunto polémico, Luis. Mas não sou a favor do uso de porte de arma indiscriminadamente. Nem acho que seja por aí que a criminalidade baixe. Enfim... dava pano para mangas.
Beijos
actualmente, não sei, Redonda.
há um grande sentimento de impunidade e de que "podem fazer tudo", os chamados bandidos.
claro que não sou apologista da lei pelas próprias mãos, mas quando a justiça e as polícias não funcionam...
eu também não sou, Lúcia.
mas as coisas estão a passar as marcas...
e é muito pano mesmo...
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