sexta-feira, maio 16, 2008

Eu Vi!

Se me contassem com todos os pormenores, talvez duvidasse. Mas foi mesmo assim.
Em plena Praça do Areeiro, numa passadeira com o sinal aberto para os peões, uma dúzia de pessoas caminhava, quando um individuo com um mercedes, creme cor de táxi, resolveu passar o vermelho, depois de dar uma grande buzinadela. Quase por artes mágicas furou pelo meio das pessoas, que se desviaram como puderam. A única senhora que não se conseguiu desviar totalmente, levou um toque de raspão que a empurrou para o chão. Felizmente sem consequências, além dos collans rasgados e o joelho ligeiramente ferido.
O condutor, como é da praxe, pôs-se a milhas. O polícia que estava a menos de dez metros do local, começou a caminhar na direcção contrária, como se não tivesse acontecido nada...
Ligando estas personagens ao post anterior, o guarda e o condutor não estavam vestido do avesso, estavam "nus" de dignidade e civilidade...
A fotografia é de Robert Doisneau, de 1952, tem como o título, "Inferno". Colando-a ao episódio, não deixa de ter a sua lógica...

18 comentários:

Maria P. disse...

Que situação! De facto relacionando com o post anterior tens razão...
Excelente fotografia.

Beijos*

Carla disse...

estavam certamente...mas ambos sem consciência.
bom fim de semana

Lúcia disse...

Os atropelos que se vêm por aí são mais que muitos. Alguns são dissimulados. Outros nem tanto. Mas ocorrem instante a instante.
belo blog.

Maria disse...

Não tenho palavras, Luís.
A falta de civismo das pessoas e a "inutilidade" da polícia perturba-me...
... deve ser da idade...

Beijinho

Anónimo disse...

Inacreditável...

Oris disse...

"...estavam "nus" de dignidade e civilidade..."

Excelente frase para descrever a atitude do condutor e do guarda.

Beijitos

Anónimo disse...

Estavam combinados!? Abraços d´A SEIVA e do EU, SER IMPERFEITO.

Alice C. disse...

Nada que me espante, Luís.

Mesmo na nossa Almada, ou nos atravessamos à frente dos carros ou eles não param.

Os peões são mesmo isso, meros peões.

beijinho

Luis Eme disse...

anda tudo louco nas estradas, M. Maria Maio...

Luis Eme disse...

sim, deviam pensar que tinha pelo menos a gravata, Carla...

Luis Eme disse...

instante a instante, Lúcia...

Luis Eme disse...

não é da idade, é mesmo cada vez mais perturbante, Maria...

Luis Eme disse...

não...

são muitos os casos de atropelamentos mortais em passadeiras no nosso país, Observador...

Luis Eme disse...

e estavam mesmo, Anoris...

Luis Eme disse...

eram do mesmo mundo, Miguel...

Luis Eme disse...

meros peões, Alice...

Cristina Caetano disse...

Uma mulher domingo, durante o dia, no Rio, atropelou um médico na calçada, o matando enquanto estacionava seu carro(isso mesmo: es-ta-ci-o-na-va). Segundo ela, pensou que fosse apenas um obstáculo, e impressou-o contra a parede. Esse médico estava mesmo à porta da clínica onde trabalhava, porque tinha ido dar alta a um paciente. É uma loucura, Luís... as pessoas não se importam com os seus semelhantes.
Beijinho

Luis Eme disse...

esse exemplo ainda é mais imprevisivel que os atropelamentos nas passadeiras, Cris...

Tem de haver mão pesada, prisão e inibição de conduzir para sempre, a quem mata na estrada, de uma forma gratuita.