Em plena Praça do Areeiro, numa passadeira com o sinal aberto para os peões, uma dúzia de pessoas caminhava, quando um individuo com um mercedes, creme cor de táxi, resolveu passar o vermelho, depois de dar uma grande buzinadela. Quase por artes mágicas furou pelo meio das pessoas, que se desviaram como puderam. A única senhora que não se conseguiu desviar totalmente, levou um toque de raspão que a empurrou para o chão. Felizmente sem consequências, além dos collans rasgados e o joelho ligeiramente ferido.
O condutor, como é da praxe, pôs-se a milhas. O polícia que estava a menos de dez metros do local, começou a caminhar na direcção contrária, como se não tivesse acontecido nada...
Ligando estas personagens ao post anterior, o guarda e o condutor não estavam vestido do avesso, estavam "nus" de dignidade e civilidade...
A fotografia é de Robert Doisneau, de 1952, tem como o título, "Inferno". Colando-a ao episódio, não deixa de ter a sua lógica...
18 comentários:
Que situação! De facto relacionando com o post anterior tens razão...
Excelente fotografia.
Beijos*
estavam certamente...mas ambos sem consciência.
bom fim de semana
Os atropelos que se vêm por aí são mais que muitos. Alguns são dissimulados. Outros nem tanto. Mas ocorrem instante a instante.
belo blog.
Não tenho palavras, Luís.
A falta de civismo das pessoas e a "inutilidade" da polícia perturba-me...
... deve ser da idade...
Beijinho
Inacreditável...
"...estavam "nus" de dignidade e civilidade..."
Excelente frase para descrever a atitude do condutor e do guarda.
Beijitos
Estavam combinados!? Abraços d´A SEIVA e do EU, SER IMPERFEITO.
Nada que me espante, Luís.
Mesmo na nossa Almada, ou nos atravessamos à frente dos carros ou eles não param.
Os peões são mesmo isso, meros peões.
beijinho
anda tudo louco nas estradas, M. Maria Maio...
sim, deviam pensar que tinha pelo menos a gravata, Carla...
instante a instante, Lúcia...
não é da idade, é mesmo cada vez mais perturbante, Maria...
não...
são muitos os casos de atropelamentos mortais em passadeiras no nosso país, Observador...
e estavam mesmo, Anoris...
eram do mesmo mundo, Miguel...
meros peões, Alice...
Uma mulher domingo, durante o dia, no Rio, atropelou um médico na calçada, o matando enquanto estacionava seu carro(isso mesmo: es-ta-ci-o-na-va). Segundo ela, pensou que fosse apenas um obstáculo, e impressou-o contra a parede. Esse médico estava mesmo à porta da clínica onde trabalhava, porque tinha ido dar alta a um paciente. É uma loucura, Luís... as pessoas não se importam com os seus semelhantes.
Beijinho
esse exemplo ainda é mais imprevisivel que os atropelamentos nas passadeiras, Cris...
Tem de haver mão pesada, prisão e inibição de conduzir para sempre, a quem mata na estrada, de uma forma gratuita.
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