Conversas de Café (9)
- Irritei-me logo de manhã. Um dos meus vizinhos fechou-me a porta do prédio na cara, como se não morasse ali.
- Disseste alguma coisa?
- Não. Mas devia, chamar-lhe no mínimo besta. Mas isso era dar confiança a mais a estes animais que não sabem viver em comunidade.
- Também tenho disso no meu prédio. Todos devemos ter. É uma marca deste tempo, gente que mora ao nosso lado e baixa a cabeça quando se cruza connosco. Só que, de vez enquanto saem-lhe as contas trocadas...
- Então?
- Por exemplo, a gaja mais antipática do prédio, teve de me atender numa grande superfície comercial, e digo-te, foi de uma simpatia, que me deixou de boca aberta.
- Ganhaste uma amiga...
- O tanas. Ainda pensei que depois daquela situação, levantava os "corninhos" e passava a dizer bom dia e boa tarde. Tudo igual.
- Pelo menos é uma boa profissional...
- Achas? Ela sabe é que se não tratar os clientes como deve ser, vai "pastar couves".
23 comentários:
Este post cabia, inteirinho, numa análise nas aulas de sociologia ou nas sessões modulares de desenvolvimento pessoal e social.
(A saber: interacção; grupos sociais e tipologias, papéis sociais; tipos de comportamento. E isto é só o que tiro neste instante)
A ver vamos se não lho peço!:))
Gosto sempre de ler as tuas conversas de café! ;)
Infelizmente, tornou-se regra e não excepção.
Gostas de poesia?
Então, visita-me.
Beijos
São mesmo conversas de café... muito interessante.
De facto, é um facto...ou talvez um fato...
Vou ter alguma dificuldade com o Acordo, mas concordo com esta conversa de café.
Anda por aí muita gente que não bebeu chá em criança! ;-))
Abraço
Tento não me irritar de manhã, o primeiro café deixa-me sempre bem disposta!:)
Beijos*
Temos muitos casos destes por aí, não é?
Abraço
Ana Paula
Moro num sítio em que infelizmente muitos habitantes têm o detestável costume de olhar quem passa, fixamente, como bois...
Estou constantemente a cair na esparrela. Quando passo por esses "fixadores", cumprimento e invariávelmente é como se tivesse falado para uma bosta no chão.
Sem resposta, também invariavelmente, lá sigo durante uns bons metros, chamando nomes do pior... a mim mesmo.
Abraço
Infelizmente há gente dessa por todo o lado.
Onde moro nem é bem assim, mais ou menos todos nos conhecemos e nos cumprimentamos.
Agora, detesto ir a um lugar público, cumprimentar e ficarem a olhar para mim como se fosse uma extraterrestre.
Fico com a sensação que a mal-educada sou eu.
Beijitos
estás à vontade, Lúcia...
tens autorização do autor.
que bom "pikena"...
há demasiadas regras ao contrário, "outro olhar"...
aliás "Certo Olhar"...
pois são, Rui...
chá em criança... é uma hipótese, Rosa...
se temos Ana Paula...
essa é outra gira, Samuel...
querem filmar tudo, mas são fitas mudas...
vives quase numa aldeia, Anoris...
e viva o primeiro café da manhã, M. Maria Maio...
A minha vizinha do 2º anda rmanda-me toda a trampa par ao quintal, estende roupa a escorrer água - diz que tem que ser se não dá mto trabalho a passar a ferro - sacode tapetes, manda alpista emais nãos ei quantas coisas. De tal forma que o cão já nem quer esta rno quintal pois apanha sempre com alguma merda, nem que seja os brinquedos das netinhas.
Um dia passei-me e quebrei todo o meu verniz, chamei-lhe tudo; consegi surpreender-me amim própria. No outro dia passou por mim e baixou os olhos. Sabe so que fiz? dei-lhe um grande bom dia e desejei-lhe um dia feliz, ia com a sbisnetas e convidei-as a ver os gatos e o cão. As miúda sadoram os bichos e ela não s eatreve a deixar de me falar. Deixou de sr porca? não. mas melhorou...
Vidas citadinas...
sei da várias histórias do género, "jasmim"...
um dos meus amigos, certa vez, cortou mesmo os lençóis à vizinha de cima, que lhe tapava a janela com os ditos, sempre que os lavava. ele avisou-a, ela insistiu, foi preciso a tesoura para ela perceber...
o respeito pelos outros começa a ser um oásis, o que nos leva por vezes a situações extremas, para as pessoas perceberem, que há mais mundo além do seu...
E porquê as pessoas são assim tão mau educadas? Não há coisa que me irrite mais do que entrar no elevador, dizer "bom dia" e nao me responderem.
Beijinhos
mas cada vez é mais frequente, Cris...
é isso e não nos olharem nos olhos, acho isso tão estranho...
Enviar um comentário