Os comentários dos visitantes no "Casario" são o principal motivo de um novo texto sobre o Metro Sul do Tejo, olhado de lado por um número cada vez maior de pessoas, inclusive governantes.
Houve várias questões colocadas, mas as mais pertinentes prendem-se com o traçado oficial das linhas - que está longe de ser o que melhor serve a população almadense - e com a manutenção do trajecto Corroios-Centro Sul, que além de servir muito pouca gente, está a contribuir para o aumento da "derrapagem" financeira do projecto.
Em relação ao traçado inicial, todos nós temos culpa, porque não manifestámos o nosso descontentamento pelas escolhas feitas pela Autarquia, nos Fóruns de Participação Pública. As únicas pessoas que demonstraram o seu desagrado, publicamente, foram os habitantes da Ramalha.
Ninguém percebe muito bem, porque razão as carruagens do Metro continuam a circular vazias... era preferível acabarem com esta "brincadeira" (demasiado cara para todos nós...) e fazerem-se apenas meia dúzia de viagens diárias de teste.
Há teimosias que não fazem sentido e esta é uma delas...
Apesar de todos estes percalços, estou convencido que o Metro será de grande utilidade para todos nós... mas até lá, vamos ter de esperar, pacientemente, pelo menos mais dois ou três anos, assistindo a grandes indefinições e também a polémicas, que já fazem parte de todo este "circo" montado por uma empresa que tem um nome curioso, "Barraqueiro", e que está por cá para ganhar dinheiro, com o conluio dos governos central e local...
16 comentários:
Mais que curioso, chega a ser quase anedótico, o nome da empresa.
Mas anedótico mesmo é procurar na internet informação sobre o grupo Arriva (actuais donos dos TST) e sermos remetidos para a empresa gestora dos Transporets Urbanos de Guimarães (vejam a referência que lhes é feita na Wikipédia - é para rir...).
Arriva NÂO é a empresa de Guimarães, mas sim um grupo britânico - aliás o maior grupo europeu de transportes de passageiros, dizem eles em
www.arriva.co.uk
Portanto, andamos a viajar em autocarros de uma empresa "filial" de um grupo britânico.
Que bom, não é?
(Vocês notaram alguma diferença em relação ao tempo em que os TST eram do grupo Barraqueiro? É que eu acho que está tudo na mesma. Ou pior...)
Vitorino
Estamos em presença de um projecto que não foi concebido e nem está a ser executado para servir a população, mas sim para transportar "utentes" para o comboio e barco, mais comboio que barco.
Há muito tempo que a empresa Barraqueiro está metida no negócio dos transportes. E não é só em Almada.
Nunca se ouviu falar em "holdings"?
Aí está "o circo" bem montado e a estratégia afinada.
O Luís tem razão quando aponta o dedo a quem não participou nos fóruns de participação pública.
Quem não falou...calou. E admitiu. É o que dá o silêncio.
Voltando à "vaca fria", admita meu caro Vitorino, que a situação tem tudo menos de inocente.
Há quanto tempo ando eu a falar em Barraqueiro, cada vez que me é proporcionado falar do assunto?!?!
Mas vêm aí mais novidades. Como por exemplo o recrutamento do pessoal.
Olá a todos.Conheço a Barraqueiro desde os tempos de criança.Foi nela que viajei no outro tempo, com passe de estudante, do Olival de Bastos até Entrecampos.
Eu pessoalmente também não percebo qual vai ser a utilidade do metro,segundo as vossas análises,ao menos se ele fizesse mais percursos, tais como, até à Costa de Caparica, ou ainda me favorecesse o meu itenerário e não me obrigasse a tomar aquelas camionetas "degolasses" que cheiram mal,piores que sovacos!
bjs
Leo
Boa noite Luís Éme ! Tu aqui a falares sobre o Metro Sul do Tejo e eu, lá no caderno a falar da mística dos comboios ...
linhas cruzadas, será ?
Deixo-te um beijo
com um nome desses, só podia dar "barraca". o "conluio do governo" é a parte mais aflitiva do que escreveu e creio eu a mais difícil de travar... é lamentável!
Caro Repórter: não entendo porque tenho eu que "admitir" seja o que for. É que, quando vocês andavam a falar de árvores cortadas (coisa inevitável numa obra deste género), estava eu a chamar a atenção para o negócio em curso e ainda levei com os seus irónicos "parabéns pelo pensamento pensativo" - foi no blog da Ermelinda, lembra-se?
Parece-me que, se há alguém que tem andado, nestes blogs, a chamar a atenção, a contar a história conhecida deste negócio, apontando as fontes em que me fundamento (e a falar em holdings, by the way), sou eu.
De resto, não há nada de inocente em tudo isto, nem mesmo em algumas "críticas" de quem é contra por questões políticas ou, por questões políticas, umas vezes é contra e outras a favor.
E reparem que eu nem sou filiado em nenhum partido, por falar nisso. E identifico-me para dar as minhas opiniões: toda a gente sabe quem é o "Senhor Vitorino".
O Luís que me perdoe a sinceridade e o abuso do "tempo de antena". Mas quem diz a verdade não merece castigo. Não é?
Vitorino
Pensamento pensativo, caro Vitorino? Não percebi essa e, por isso, não me lembro.
Já agora tome nota deste pequeníssimo e irrelevante pormenor: também não sou filiado em nenhum partido político.
Tenho lido as suas sempre interessantes intervenções. Pelo que, nem nesse aspecto, posso estar em desacordo do Senhor Vitorino que não tenho o prazer de conhecer.
Aceite, por favor, que temos ambos razão. Não custa nada.
Um abraço.
Vê-se que tens feito o trabalho de casa, Vitorino. Ainda bem.
A tal Arrivas é então inglesa (pelo nome até pensei que era espanhola...).
Residente, eu penso que foi concebido para servir a população. Só que infelizmente a concepção está a ser diferente da nossa realidade...
Parece que sim Reporter, o circo está montado e espectáculo vai afinando...
Pois é Leo, mas Metro para a Costa só lá mais para 2020... para os teus netos...
Misticas, Isabel...
Tens razão Alice, com este nome, fica tudo em família, nem que seja de palavras...
Vitorino estás em "casa". Podes utilizar o teu tempo de antena como e quando quiseres, até porque nos tens dado algumas informações úteis.
Dizes bem, Repórter, pensamento positivo... e liberdade de expressão, sempre.
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