A notícia divulgada hoje no “Diário de Notícias”, de que José Manuel Maia, Presidente da Assembleia Municipal de Almada, defende que 50 cêntimos seria o preço ideal para o troço recentemente inaugurado do Metro do Sul do Tejo, entre Corroios e Cova da Piedade e não os 85 actuais, assim como a validade dos passes multimodais e não um pagamento extra de oito euros e meio, vem ao encontro do pensamento da população.
E ajuda a explicar o porquê, das bonitas carruagens continuarem a circular quase sem passageiros...
Esta história é muito “portuguesa”. Faz-me lembrar os vários dirigentes futebolísticos que preferem colocar os bilhetes para os jogos a 15 euros e ter o estádio às moscas, com trezentas pessoas e menos, a colocá-los a 5 euros e ter três mil adeptos nas bancadas...
Se fizermos as contas, as receitas no estádio triplicavam...
E é óbvio, que com preços mais baixos, as carruagens também passavam a ter mais do triplo dos passageiros (o que é nem é preciso muito) e das receitas...
Palavras para quê, são gestores portugueses...
E ajuda a explicar o porquê, das bonitas carruagens continuarem a circular quase sem passageiros...
Esta história é muito “portuguesa”. Faz-me lembrar os vários dirigentes futebolísticos que preferem colocar os bilhetes para os jogos a 15 euros e ter o estádio às moscas, com trezentas pessoas e menos, a colocá-los a 5 euros e ter três mil adeptos nas bancadas...
Se fizermos as contas, as receitas no estádio triplicavam...
E é óbvio, que com preços mais baixos, as carruagens também passavam a ter mais do triplo dos passageiros (o que é nem é preciso muito) e das receitas...
Palavras para quê, são gestores portugueses...
33 comentários:
Estou de acordo contigo, Luís. Desta vez, em relação a este assunto, sem qualquer reserva.
(Nota, no entanto, que os tarifários do Metro serão, em qualquer caso, mais baratos que os dos autocarros... o que me suscita, mais uma vez, dúvidas sobre a "articulação", ou "concorrência" entre empresas que, por acaso até são do mesmo grupo - MTS e TST).
Vitorino
Palavras para quê, mesmo!
o mais importante é que as tarifas estejam devidamente publicadas nas respectivas estações. a primeira vez que usei o metro do porto, fui munida de bilhete errado e paguei multa... isso é que não me saiu nada económico :(
José Manuel Maia falou bem. Aliás, normalmente, o Presidente da Assembleia Municipal, actua muito acima da média.
De facto, é preferível baixar os preços e ter mais freguesia do que como está.
Mas eles, os gestores, já fazem contas para o futuro.
Sendo verdade que o MST, os TST e, provavelmente, a Transtejo, provavelmente, serão "papados" pela firma Barraqueiro, os valores implantados são-no já por excesso para "memória futura".
Vamos esperar para ver.
Assino por baixo do post!
Estou cansado de dizer o mesmo, relativamente aos estádios!!
Bem dito!
Moro no Laranjeiro, acerca do metro, tenho a dizer que o precurso agora apresentado na minha óptica não suscita interesse por ter preços elevados, mas acima de tudo, porque liga corroios ao Centro Sul? mas quem é que quer ir de corroios ao centro sul? nem sequer tem uma paragem minimamente perto da cova da piedade que permitiria o transbordo para os autocarros que ligam a cacilhas..
Mesmo assim é mais barato que o autocarro da TST. E mais confortável, parece-me.
Permitam-me uma correcção ao que diz o Repórter.
TST e MST não serão "papados" pelo grupo Barraqueiro: são empresas do grupo (tal como os Belos ou a antiga Covas e Filhos). Na Península de Setúbal só lhes falta mesmo, que eu saiba, "abocanharem" a Transtejo e os Transportes Colectivos do Barreiro, para ficarem com o monopólio completo.
Tudo isso torna mais interessante questões como "mas quem é que quer ir de corroios ao centro sul? nem sequer tem uma paragem minimamente perto da cova da piedade que permitiria o transbordo para os autocarros que ligam a cacilhas."
Pois, também gostava de entender isso.
Ou saber qual é afinal, o plano alternativo de "articulação" e complementaridade(falar em concorrência era para rir, não era?) entre essas duas empresas.
Vitorino
Colocas mais uma questão pertinente Vitorino. Vamos esperar para ver se haverá articulação ou concorrência...
Tudo indica que haverá articulação porque, com o funcionamento do metro em pleno, os autocarros terão poucas hipóteses de serem concorrenciais (estou a falar na comodidade e na rapidez deste transporte...) pelo que devem ser deslocados para caminhos alternativos e até devem reduzir a frota (antiga e poluente), já que pertencem ao mesmo dono.
O problema é que eles não se devem preocupar com o que diz o José Manuel Maia e o povo, Rosa...
Tens razão Alice.
A informação é parte fundamental em todo este processo (esperemos que seja bem melhor que nesta fase das obras e na anterior, do planeamento...).
É verdade, Repórter. O José Manuel Maia é das pessoas mais esclarecidas do Município e tem uma cultura social acima da média, como muito bem frisas.
O resto, vamos esperar para ver...
Pois é "Cap", é aquilo que se pode chamar "vistas curtas", só se preocupam com o agora... esquecidos do amanhã. É por isso que os estádios estão como estão... vazios. ´Só o Benfica, o Porto, o Sporting e o Guimarães é que dão alguma animação à coisa...
Tens toda a razão Pedro, o percurso inaugurado só serve mesmo para fazer a "rodagem" aos electricos...
Mio, a esse nível não há dúvidas. Será mais barato, confortável e rápido que os autocarros... mas para terem êxito têm de se virar para as pessoas. Não acredito muito no seu sucesso se não entrarem no esquema dos passes multimodais.
Quando querem que tenhamos um documento que seja BI, NIF e etc, não faz sentido termos um passe para o barco, outro para o comboio e outro para o metro...
Claro que deverá haver articulação, até porque o negócio deles são os "números", Vitorino...
Luís, desculpa "intrometer-me" outra vez, mas quero corrigir algo que eu próprio escrevi e que, afinal, não era bem assim.
Os TST pertenceram ao Grupo Barraqueiro até 2003. Mas nesse ano foram adquiridos pelo grupo Arriva (informações no site tst.pt).
Portanto, neste momento existem esses dois grupos a operar na península de Setúbal.
Tudo normal, portanto?
Não sei se será assim. Porque entretanto, Barraqueiro e Arriva tentaram constituir uma "holding" para os transportes públicos na região (ficariam com Fertagus, TST, Metro...) mas a intenção foi chumbada pela Autoridade da Concorrência. E logo os dois grupos começaram a protestar e ameaçaram mesmo sair do sistema de passes sociais da região de Lisboa.
Vamos ver se entendi: primeiro o Barraqueiro "cede" a sua posição nos TST, para se concentrar na Fertagus e no futuro metro; depois, quando já tem garantido o MST, aparecem as duas empresas a propor uma operação (financeira...) conjunta; e, como não são atendidas, tomam uma posição de força, tipo se não fazem as coisas à minha maneira eu não brinco mais.
Interessante, não é?
(Isto foi o que consegui apurar até agora, em informações que estão disponíveis na net. Se alguém me quiser esclarecer melhor, eetou à disposição:
debaixodobulcao@gmail.com)
Vitorino
Bom ... não tarda tenho mesmo razão, caro Vitorino.
Cumprimentos.
Eu tenho para mim que não é por acaso que metro e "bus" são do mesmo grupo.
Também tenho visto as carruagens vazias e em plena hora de ponta. Só não o referi "aqui entre nós" porque achei que talvez fosse bater no ceguinho ;)))
De qualquer forma, e até prova em contrário, penso que o metro não andará vazio somente pelo tarifário e PRINCIPALMENTE porque está mal traçado desde a raíz.
Até hoje só ouvi uma pessoa(e foi por sorte pois nem a conheço) dizer que o metro a ajudará. Se me ajudará no futuro não sei mas só nessa altura darei a mão à palmatória ou darei até quando perceber que esta minha opinião está isolada :p
Acredito que a Barraqueiro e a Arrivas vão ser uns "queridos inimigos", quando chegar à hora de "somar", Vitorino.
Fica o teu registo, Repórter, para memoria futura...
Colocas uma questão pertinente, Sara, se é este o traçado que nos serve e o mais apropriado. Em muitos casos, todos sabemos que não.
Claro que não podia haver um traçado para cada um de nós, mas poderia ter existido bom senso em algumas situações.
Mas eu não vejo problemas a esse nivel, porque se as condições oferecidas primarem pela qualidade, habituamo-nos a andar mais uns metros, não fossemos nós, humanos, animais de hábitos...
Sabes uma coisa, Luís Éme - eu ADORO comboios ! Que me conhece, sabe o meu gosto por este meio de transporte. Neta de ferroviários, cresci a ouvir falar do ORGULHO de carris e máquinas. É uma mística especial que eu cá tenho ...
Gosto !
Até já tenho umas fotos seleccionadas para escrever sobre isto, um dia, lá no Caderno ...
beijo de boa noite
Eu também gosto muito de comboios. É o meu meio de transporte preferido. Nele podemos fazer quase tudo, andar, ler, dormir, olhar, brincar...
Deixei de ser freguês da Linha do Oeste, quase obrigado pelos senhores da REFER, devido aos horários e ao mau serviço prestado...
O carro torna-nos mais livres, mais donos do nosso tempo, embora o que se gasta em gasolina e portagens dê para várias viagens de expresso ou comboio. É o preço da liberdade, Isabel...
Eu tambem adoraria andar de elétrico, mas o traçado é completamente absurdo, todas as pessoas que andam pelo eixo seixal - corroios - cacilhas, querem ir para cacilhas o mais depressa possivel, a fim de apanharem o barco para Lisboa,é o que acontece comigo e com todas as pessoas que conheço, o que para mim é um mistério é o porqué de o metro fazer um desvio pelo centro sul, quando lógicamente deveria atravessar pela cova da piedade ( tunel em vez de ponte para o centro sul ) e assim servir as populações da melhor maneira possivel. E para sonhar ainda mais, no futuro a construção de um tunel entre Cacilhas e o Cais do Sodré o que permitiria um passageiro entrar no Seixal e só sair em lisboa sem transbordos, enfim..sonhos
Acredito, sinceramente, que, apesar de toda a actual polémica, depois das obras concluídas e as três linhas a funcionar em pleno, os utentes irão aderir ao MST.
Porque é um meio de transporte mais limpo, em termos ambientais, e é muito mais confortável que os autocarros. E nos percursos principais, semelhantes aos que os autocarros hoje percorrem, o preço até é mais barato.
Mas, se a derrapagem financeira do projecto já é astronómica, colocar a funcionar o MST num trajecto tão curto e aparentemente inútil só serve para aumentar o prejuízo das contas. E quem é que paga tudo isto? Adivinhem...
Um abraço
Não sei responder a todas as tuas questões, "Pedrrinho"... é claro que a paragem no centro sul é um absurdo...
Talvez seja uma forma de evitar esburacar a Cova da Piedade... agora saber porquê...
A própria chegada a Cacilhas, com o tal interface, continua a ser uma incógnita.
Mas não deixes de sonhar, há mais de cem anos já alguém tinha pensado no assunto (é um bom motivo para um post, proxumamente...)
Também acredito Minda... mas até lá, ainda via correr muita água pelas suas linhas e carruagens...
Pois sonhar é bom ;) Força ai para o post prometido
Ai está o "post", Pedrrinho...
Este Comboio, não serve a população porque não tem um traçado racional. As sugestões de alguns almadenses foram rejeitadas pelo elenco municipal, exactamente porque quis impor a sua falta de senso, desprezando outras opiniões.
É de facto absurdo para quem pretende ir do Laranjeiro para Cacilhas ter de dar uma volta turística por Almada.
Para além disso este meio de transporte não se constitui como alternativa aos TST, mas sim como transporte público único o que é um erro.Deve ser caso impar na Europa.
O facto de circular em espaço canal com passagens de nível é outra faceta negativa, geradora de anticorpos entre a população, tornando-se por isso retrógrado por vir a complicar a vida e mobilidade das pessoas.
É de facto absurdo "Em Almada"... até parece que querem afastar as pessoas de Cacilhas...
Fdss atam o metro anda vazio aí no Sul??
Para que é que o foram fazer então??
Lol, Isto só em Portugal!!!
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