As obras do Metro estão a chegar à chamada zona “critica” de Almada, ou seja, ao coração da cidade. Coração esse, que parece bater calmamente, tal como o da maior parte das pessoas com quem nos cruzamos junto à praça da Renovação. São pessoas idosas, quase sem opinião sobre o futuro da Cidade com este meio de transporte inovador, que anda sobre carris. Apenas desejam que seja uma coisa boa...
Sobre as obras, abanam a cabeça, resignadas, é o preço que se tem de pagar pelo progresso. São pessoas que geralmente acreditam nas palavras e nos gestos de boa vontade da presidente, que afirmam, tem feito tantas coisas boas pela cidade.
Os jovens, estão noutras ondas... desligam o som por momentos e dizem que Metro talvez seja fixe...
Sobram os outros, a faixa produtiva que anda entre os trinta e os sessenta anos, e que já não embarca em cantigas, muito menos em falsas promessas. São estes que mais assustam este poder, cheio de vícios e truques. Porque são estes que mais reivindicam, que mais questionam, e pior ainda, são estes que aderiram à “moda dos blogues” que abordam estas coisas e escrevem palavras que deviam ser “proibidas”...
No meio da avenida estão alguns comerciantes, com cara de caso. Parecem ter acordado agora, ao constatarem que com o trânsito vai ser reduzido e não vão existir espaços para paragens ou estacionamentos. Pois, o negócio vai piorar ainda mais.
É terrível “acordar” com um título de um filme, “Pior é Impossível”, a rondar a Avenida do fundador da Nação...
Sobre as obras, abanam a cabeça, resignadas, é o preço que se tem de pagar pelo progresso. São pessoas que geralmente acreditam nas palavras e nos gestos de boa vontade da presidente, que afirmam, tem feito tantas coisas boas pela cidade.
Os jovens, estão noutras ondas... desligam o som por momentos e dizem que Metro talvez seja fixe...
Sobram os outros, a faixa produtiva que anda entre os trinta e os sessenta anos, e que já não embarca em cantigas, muito menos em falsas promessas. São estes que mais assustam este poder, cheio de vícios e truques. Porque são estes que mais reivindicam, que mais questionam, e pior ainda, são estes que aderiram à “moda dos blogues” que abordam estas coisas e escrevem palavras que deviam ser “proibidas”...
No meio da avenida estão alguns comerciantes, com cara de caso. Parecem ter acordado agora, ao constatarem que com o trânsito vai ser reduzido e não vão existir espaços para paragens ou estacionamentos. Pois, o negócio vai piorar ainda mais.
É terrível “acordar” com um título de um filme, “Pior é Impossível”, a rondar a Avenida do fundador da Nação...
10 comentários:
Dizem ser este o preço do progresso, dizem...
Um abraço*
Luis
Traças um panorama muito interessante da mais desgraça que se instala, a todo o vapôr, no centro da "cidade do progresso".
Repara, contudo, num dado quase estatístico e que me preocupa. A quantidade dos que dizem e/ou mostram estar alheios à coisa, sem sequer sabendo o que na realidade se passa.
Quem refila e mostra o seu descontentamento, receio ser minoria.
O poder instituído sabe disso. E então...
Apesar de tudo, nota-se, em cada dia que passa, uma preocupação nos rostos dos que defendem Almada a um passo do futuro. Principalmente porque ainda não perceberam que esse futuro tem alguns pontos de interrogação. Porque ainda não se consciencializaram da realidade que não mata mas dói.
Realmente, pior é impossível.
Se bem que os comerciantes há muito sabem disto. Só que a coisa vinha longe...
Agora, torcem a orelha e não deita sangue.
Desculpa lá, mas vou aproveitar este "tempo de antena" para fazer o seguinte anúncio, que reputo de grande utilidade pública:
Atenção, muita atenção!
Coisitas do Vitorino tem o orgulho de anunciar que Diácono Remédios, essa alta referência entre os fazedores de opinião nacionais, acedeu a pronunciar-se sobre a nova Lei do Aborto, em exclusivo para este vosso blog.
A não perder, em
www.vitorinices.blogspot.com
António Vitorino
Pois dizem, Maria...
Parece que agora é que muito boa gente vai encarar esta nova realidade, Repórter.
O mais me preocupa, é ver as obras prolongarem-se tempo demais, para serem inauguradas poucos meses antes das próximas autárquicas...
Nem sequer é preciso ter um daqueles dedos que adivinham, para chegarmos a esta conclusão...
Está bem Vitorino... a malta vai fazer-te uma visita, embora o senhor "Remédios" já tenha recebido, merecidamente, o prémio de fim de carreira, oferecido pela própria SIC.
Esclareçam-me uma coisa: Sendo o Metro uma coisa terrivel para todos vós e que já aos anos que se arrasta, como foi possivel a actual autarquia ter ganho as eleições autárquicas com maioria absoluta??
Desculparão mas não estou a ver o que tem uma coisa a ver com a outra.
Temos uma governação miserável, dizem. Então porque se votou no partido no poder?
Mas eu só passei por aqui e saio já porque tenho o comer ao lume...
Rui, não vejo o Metro como uma coisa terrível. Vejo sim todas as polémicas que se foram criando à sua volta, com o célebre "Triângulo da Ramalha" à cabeça. Não posso aceitar que se façam debates de participação popular e depois se ignorem as pretensões justas dos moradores da zona da Ramalha.
E os atrasos? Há alguma explicação para eles? Se há diga-nos. Ou o Rui tem dúvidas que se está a fazer com que o Metro funcione a 100%, apenas no ano de eleições?
Em relação ao facto da CDU ter ganho com maioria, nem sequer vou argumentar que quem ganha as eleições em Almada e em Portugal, com maioria, são os abstencionistas...
Pode-se sempre misturar tudo, Repórter.
Não é por acaso que somos um país de caldeiradas...
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