Descobri esta imagem, hoje, quando estava a folhear alguns pequenos tesouros, do espólio de António Henriques, um grande coleccionador e apaixonado por tudo o que dizia respeito a Almada. Graças ao seu filho, Carlos Guilherme, todo o património que nos deixou tem sido preservado e, estamos certos que será uma preciosa ajuda para todos aqueles que se dedicam ao estudo da História de Almada.
Não sei quem é o autor do projecto arrojado e da pintura, mas não deixa de ser significativa a existência de uma marina (foi o que me chamou mais a atenção...), depois da ponte sobre o Tejo, nesta pobre Margem Sul...
Para variar, não passou de um mero projecto...
20 comentários:
Pois
Pois ...
Ainda há dias, alguém entendido em navegação, ma dizia que em terra de marinheiros e navegadores, os barcos de recreio passam ao largo indo aportar a Vigo, Alicante e outros portos da vizinha Espanha, porque em águas Lusas, com excepção para o Algarve e cascais, o panorama é desolador.
Enfim ... haverá aqui alguma estratégia ou falta dela ?
Nota: honrosa excepção para o Porto do Faial e o famoso Peters, conhecido pelo mundo fora ...
BlogBeijos ****
Isabel do caderno
Errata :
onde se lê " ma dizia " (que soa tão mal !), leia-se - me dizia
e ... boa noite
Nota: em Troia, está quase pronta a nova marina para 151 lugares. Será que ...
bom, deixa-me dizer-te que, nao sendo de Almada e se calhar sem poder tocar mto esta viola, ainda bem que se ficou num projecto... é que de marinas, marinadas e terrinas andamos todos cheios... eu sou pela obra social e nao pelo elitismo... âs vezes coincidem, mas convenhamos que nao é este caso...
Sonhos, Luis, sonhos...
Deixemos, por momentos, a sonhada marina (elitismo) e imaginemos a obra social.
Onde está ela?
No caso vertente, nem uma coisa nem outra.
Saudações enfartadas.
O que é constrangedor é que Cacilhas que é um sítio pavoroso e o Cais do Gingal tinham potencialidades para serem locais de atracção turística que bastante dinheiro poderia trazer á autarquia e bem-estar a nós moradores desta banda.
Um beijo
TD
Por que estão Cacilhas, o Ginjal, a Costa de Caparica, a Trafaria e o Cristo-Rei (local)tão maltratados
e abandonados?
Por que estão as freguesias Cova da Piedade, Laranjeiro, Monte de Caparica,Feijó apesar da grande superfície comercial atrasadas no tempo e "envelhecidas"?
Porque têm ainda ao lado do forte "progresso" imobiliário do betão, a Charneca de Caparica e a Sobreda aspectos de desleixo e degradante ruralidade?
Por que o Pragal está desordenado em termos de estacionamento automóvel, apesar de urbanizado recentemente?
Por que Almada está a ficar velhecida, suja e desertificada de jovens casais?
Por 30 anos de bloqueio total a ideias que não entram na alçada do Partido e das pessoas que tomaram conta de Almada.
Por 30 anos de aliança à especulação imobiliária e às receitas ($$$$) fáceis, para apoio ao "associativismo popular".
Por 30 anos de desprezo pelos almadenses e pelos cidadãos.
Por 30 anos de gerir a autarquia de costas voltadas para as realidades e para as criticas construtivas da população.
Por 30 anos de alguma incompetência municipal e de ausência de trabalho das oposições do concelho, que também vivem de costas voltadas para a população..
Acredito, Isabel.
Hoje não sei, mas há quarenta anos, teria sido uma grande aposta na Margem Sul, no nosso turismo e nas nossas potencialidades maritimas.
Provavelmente devia ter esclarecido que este projecto é dos anos sessenta (penso que similar à construção da própria ponte).
Nessa altura, Inomínável, não havia problemas com "marinadas" e seria uma mais valia para a Margem Sul, em termos turisticos e sociais.
Repórter, tenho de te dizer, que este sonho é dos anos sessenta.
Passaram-se mais de quarenta anos, sem se aproveitar as margens do Tejo na Outra Banda.
A única coisa que se fez, foi abandonar tudo e deixar Ginjal, naquilo que todos sabemos, uma margem de ruínas.
Exactamente Teresa. Essa é que é a verdade.
O que tem sido desperdiçado, por Almada viver de costas voltadas para o Tejo...
"Em Almada", nem tudo foi negativo nos últimos trinta anos.
Fizeram-se muitas coisas positivas no concelho, especialmente em termos sociais.
O grave foi as coisas terem piorado, quando outras terras progrediram de uma forma muito mais visivel. Os últimos 12/ 13 anos, que deveriam ter sido de viragem, foram de "marcar passo".
Optou-se pelas obras de fachada e pelos grandes projectos, em detrimento da resolução dos problemas mais prementes da população.
É por isso que existem tantos problemas por resolver nas onze freguesias do concelho...
Concordo com o que disse luis eme...passaram já 31 anos, muita coisa foi feita outra deixada por fazer. Certo que há alguns aspectos positivos, mas não são suficientes para tapar o que deveria ter sido feito e fazer esquecer o que de negativo foi feito.Em todo este tempo alguma coisa positiva tinha de ser realizada, mas o balanço é negativo infelizmente.
O tempo passou e os recursos foram sendo delapidados, Almada atrasou-se no tempo...
Aspectos positivos e outros negativos na gestão autárquica, com certeza, acho que até é normal.
Estive hoje em Almada, onde só vou de vez em quando e portanto não tenho conhecimento profundo dos seus problemas nem do que aqui é relatado.
Mas há uma coisa que eu sei: assisti no museu da cidade a um concerto da Banda Filarmónica dos Bombeiros de Cacilhas, e foi ao som do Fantasma da Ópera que eu pensei quantas cidades, àquela hora, estariam hoje a oferecer às suas populações, perfeitamente "à borla", uma música com aquela qualidade...
Fizeste um comentário tão português, Maria.
Um pouco ao jeito do tipo que partiu o braço e achou que teve sorte, porque se partisse a perna era bem pior...
Claro que existe muita coisa boa por estes lados, que não existe noutros lados. Sei que, por exemplo em oferta cultural, somos uma cidade exemplar. Mas o grande mérito de isso acontecer deve-se ao facto de termos gente com grande qualidade criativa, tanto nas artes como nas letras e não à existência de uma política cultural do Município.
E as "borlas" também têm que se lhe diga, aqui e em qualquer lugar... Infelizmente, muitas vezes não valorizam os espectáculos, muito pelo contrário.
Claro que há uma grande dose de subjectividade em tudo isto. Quanto maior for o nosso nível de exigência, maior é o nosso descontentamento. Assim como o conhecimento da forma como são geridos os espaços e os recursos do concelho.
Lamento que não tenhas entendido o que eu quis dizer, Luís.
Reafirmo que apenas conheço Almada por ir aí de vez em quando, e conheço ZERO da gestão autárquica de Almada.
Nem conheço sequer a vereação, quanto mais as políticas culturais ou outras...
Limitei-me a dizer que apreciei o concerto, e que tenho pena que iniciativas deste tipo não se realizem noutros concelhos, por exemplo aqui onde eu moro.
Não há. Ponto final. E é pena...
Realmente é estranho ver uma imagem da perspectiva em que é apresentada. Normalmente, todas as imagens focam a cidade de Lisboa vista do lado de Almada não o contrário...
Provavelmente excedi-me no meu comentário, Maria, por estar bem inserido (até demais...) no contexto cultural almadense.
Claro que é uma pena que noutros concelhos não se realizam as coisas, que se realizam por aqui (até nas Caldas, onde a vida cultural é um marasmo...).
Eu só queria dizer que as coisas nem sempre são o que parecem...
Tens toda a razão Papoila.
É uma raridade descobrirmos projectos destes da margem Sul, antigos (estive a olhar melhor para a ponte da pintura - pintada a branco - e fiquei a pensar que este projecto até pode ter sido feito antes da construção da ponte sobre o Tejo...).
Mas como é que se tem um rio desses e se vive de costas para ele?
Adoro o Tejo e, já hoje, tive o prazer de o atravessar a caminho de Portalegre!
Corria sereninho e reluzente...
Também nunca percebi...
Adoro o Tejo, como tu, Rosa. Ele por aqui é largo, quase como um mar...
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