Apesar de ter vários motivos para escrever de uma forma crítica, sobre as comemorações do 25 de Abril em Almada (o desperdício de dinheiro gasto em fogo de artificio, os discursos falsos como judas dos autarcas locais, a falta de espontaneidade na participação popular nos festejos...), vou enaltecer as três bandas de música das Colectividades mais antigas de Almada: Incrível Almadense, Academia Almadense e Filarmónica União Piedense, sempre presentes nos festejos populares.
Apesar dos tempos difíceis, estes baluartes do Associativismo continuam a manter as suas escolas de música e a recrutar jovens para as suas bandas, que foram a génese das suas fundações.
A foto que escolhi para ilustrar este pequeno texto é da Banda da Incrível Almadense, por ser a colectividade mais antiga de Almada (quase com 160 anos...) e também porque eu sou, orgulhosamente, um "Incrível".
Mesmo sendo um dia de festa, é bom não esquecermos, que devemos estar a enfrentar um dos períodos mais preocupantes, no que toca à perda de direitos sociais. A saúde talvez seja mesmo o caso mais preocupante. Mas há mais, como a precariedade do emprego e o congelamento de salários.
É por isso que continua a ser preciso gritar: 25 de Abril Sempre!
Quanto mais não seja, para lembrar aos falsos democratas que nos governam, que o 25 de Abril foi feito para tornar o nosso país num lugar mais justo e não um paraíso para os capitalistas.
16 comentários:
BOM DIA. Hoje e sempre!
Um abraço.
25 de Abril Sempre
Sem qualquer dúvida. No ideal.
Então és "Incrível"?...
Eu já desconfiava, Luís...
Também gosto de gritar: 25 de Abril Sempre! (porque será?)
25 de Abril sempre! Que não se esqueça!
Beijos
As minhas HOMENAGENS vão hoje para a " Incrível almadense " ! A incrivelmente resistente almadense ...
tenho uma enorme admiração pelo trabalho, pelo património de saberes e cumplicidades das colectividades portuguesas e do capital de generosidade daqueles que a elas se dedicam. Sei que no meio existem contradições, vicissitudes, cedências, (sobre)vivências etc.
Mas ... mesmo assim e apesar de tudo, são instituições portuguesas de grande honorabilidade !
O 25 de Abril também se fez com muitas delas e com a sua acção cívica em prol do esclarecimento e da arte. Veja-se o caso das escolas de música das bandas ...
Incrível almadense e todas as incríveis colectividades (muitas centenárias !)que ainda sobrevivem do voluntarismo dos directores, associados e mestres estão de parabéns e merecem a nossa homenagem !
isabel victor
Bom dia, hoje e sempre, para ti também Maria.
Abraço
Rui Rebelo; Repórter; Dulce:
25 de Abril Sempre, no ideal, e sobretudo na prática política.
Continuamos à procura, e à espera de um país mais justo e democrático, 33 anos depois...
Claro que sou Incrível. Também sou sócio da Academia, mas sinto-me mais "Incrível", Alice.
O facto de ser mais popular e de ter uma história mais consistente, devem ter contribuído para este meu gosto...
Não vamos desistir de gritar: 25 de Abril Sempre! (Sempre gostei deste grito e só ontem é que ouvi alguém associar este grito aos comunistas. Claro que respondi que aquele grito era de todos os portugueses, que se reviam nos valores e ideais da Revolução dos Cravos).
Pois merecem Isabel.
A Incrível Almadense continua a lutar, para manter as suas tradições associativistas, sem se tornar uma "empresa de serviços", embora seja cada vez mais difícil.
Tenho pena que as pessoas vivam de costas voltadas para estas casas, que foram o "pão para a boca" de tantos portugueses, onde aprenderam música, leram os livros que não podiam comprar e confraternizavam com os amigos, quase sempre livremente, mesmo antes de Abril...
Que memória tão curta, a nossa...
25 de Abril, Sempre!
(com um dia de atraso, mas sempre a tempo...)
Agora é Maio que nos espera...
Beijinhos
Adoro bandas!
O único momento decente dos festejos do 25 de Abril na sede do meu concelho foi o içar da bandeira ao som do Hino Nacional, tocado por uma Filármónica!
Pois é, vem aí Maio, outro mês bastante agradável, Maria...
As bandas têm uma faceta cultural tão importante do nosso país (quase todas as colectividades fundadas no século XIX eram Sociedades Filarmónicas...) e estão tão esquecidas... a maior parte dos coretos que existem pelo país fora estão às moscas, Rosa...
Cada vez tenho menos dúvidas que somos um país muito estranho...
Mainada, disseste tudo aqui.
Beijoca ;*
Beijinhos também para ti, Cor do Mar.
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