Tenho cada vez mais dificuldade em falar do corso carnavalesco de Almada.
É uma coisa cada vez mais difícil de caracterizar.
A graça é coisa pouco vista num espectáculo, que se divide entre a farsa e a palhaçada.
Espectáculo esse, que continua a ser só para alguns (mais particularmente para a presidente, respectivos ministros e convidados, que cabem bem apertadinhos, no palanque presidencial...)
O povo, esse, espera, à beira da avenida, cada vez mais curta e vazia de alegria, imaginação e cor, para de meia em meia hora verem alguns farsantes, sem grande vocação carnavalesca. Estão ali apenas com o espírito de sacrifício, de quem precisa dos subsídios do Município para sobreviver...
Não sei porquê, mas não consigo sorrir neste Carnaval de Almada, que até foi anunciado na tevê...
5 comentários:
Entendo. Mas como Carnaval não é época que me entusiasme, não opino muito sobre.
Um abraço*
Pois, eu tb não me sinto motivada por carnavais, mas, apesar de tudo, admito, o de Almada sempre foi confrangedor.
Almada não tem tradições carnavalescas.
Para quê teimar em querer provar o contrário?
Admito que seja admissível alguma atenção em relação às marchas populares.
Mas nisto?
Aí está, em toda a sua plenitude, a teimosia de quem pode.
Nunca gostei do Carnaval!
Sempre gostei do carnaval, como espaço de brincadeira e imaginação...
Mas tenho de confessar, que cada vez coloco mais reticências nesta festa pagã, graças à falta de expontaneadade, e de piada, que se vê por aí...
Em Almada, parece que havia uma tradição com graça, que era o enterro do "carnaval". Esta quase procissão percorria as ruas principais da vila, em tempos que já lá vão do século passado.
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