Um antigo pronto a vestir na Praça Gil Vicente, ao lado do Café “Repuxo” está ser transformado em mais um bazar asiático.
Passo por ali todos os dias e tenho reparado que até a mão de obra usada nas obras é “made in china”.
Estes fulanos estão de tal forma organizados, pese o exagero, que funcionam quase como se fossem um estado dentro de outro estado.
Lembrei-me de várias coisas. A primeira foi que eles são os emigrantes mais independentes e menos incomodados pelas autoridades portuguesas, apesar de serem muitos. Calculo que grande parte sejam clandestinos.
Passo por ali todos os dias e tenho reparado que até a mão de obra usada nas obras é “made in china”.
Estes fulanos estão de tal forma organizados, pese o exagero, que funcionam quase como se fossem um estado dentro de outro estado.
Lembrei-me de várias coisas. A primeira foi que eles são os emigrantes mais independentes e menos incomodados pelas autoridades portuguesas, apesar de serem muitos. Calculo que grande parte sejam clandestinos.
A sua entrada no nosso país começou na restauração, aos poucos foram alargando o leque ao comércio. Comércio esse que também se tem alargado e já não reduz apenas às lojas de preços económicos.
Também me lembrei de um facto mais cómico ocorrido no mundo do futebol. Como parecem todos iguais, no célebre jogo do Mundial de 1966 de Inglaterra, em que Portugal venceu a Coreia por 5 a 3, correu o boato de que os nossos adversários tinham jogado quase com toda a equipa. Isto aconteceu muito pela forma como correram dentro de campo, deixando os nossos "craques" de olhos em bico... o azar deles foi termos na equipa alguém com sangue azul, o nosso Rei Eusébio...
Também me lembrei de um facto mais cómico ocorrido no mundo do futebol. Como parecem todos iguais, no célebre jogo do Mundial de 1966 de Inglaterra, em que Portugal venceu a Coreia por 5 a 3, correu o boato de que os nossos adversários tinham jogado quase com toda a equipa. Isto aconteceu muito pela forma como correram dentro de campo, deixando os nossos "craques" de olhos em bico... o azar deles foi termos na equipa alguém com sangue azul, o nosso Rei Eusébio...
Falando mais a sério, tenho a sensação de que eles não utilizam quase nada português (as excepções são a água, a luz e pouco mais...). Mandam vir tudo da China, desde a comida às roupas... pelo que nem sequer sei se têm grande importância para a nossa economia, apesar das vénias de Sócrates e das pérolas de Pinho, no Oriente...
Este texto está ilustrado com os "Alisadores de Soalho", óleo de Gustave Caillebotte
20 comentários:
Eles estão mesmo em todo o lado!
Até no meu prédio!
São educadíssimos, fazem vénias e tudo! :)))
E são tantos!!
Em Sintra e Mafra, o "fenómeno" também já chegou...
Boa escolha para ilustração.
Bjos*
Este texto está uma delícia!
Eles estão por todo o lado, sim, às vezes em cada rua. Mas do que eu gostei mesmo foi do último parágrafo do texto, das vénias e das pérolas...
Ai pobres de nós... que a China já despertou...
Também me parece.
A mim impressiona-me o facto de manterem as lojas abertas 7 dias por semana, 365 dias por ano, das 09h00 às 20h00!
Eu não tenho grande fascínio por uma cultura sem lazer...
Consta é que na comunidade chinesa não há mortes...o que levou a que em França estejam sobre suspeita e investigação...pois é estranho uma sociedade imutável em número...
São uns "cromos" giros, sim senhor, Rosa.
Têm uma virtude, não fazem má vizinhança.
Maria, achas que há algum lugar deste país onde não tenham chegado?
Penso que nem o Alentejo e Trás-os-Montes escapam à invasão "amarela"...
Podes crer Maria, despertaram e bem.
Se continuarmos assim de portas abertas, qualquer dia entramos numa loja e só vimos olhos em bico...
Eu também não Isabela...
Podem ser muito trabalhadores, mas são também muito tristes...
Já tinha lido sobre isso.
É uma questão pertinente.
Se levarem à risca a história das parecenças, um BI deve dar para uma dúzia de chineses...
Por muito que apontem o dedo à imigração como causa de muitos males sociais, há que reconhecer que há imigrantes trabalhadores e pacatos no nosso país.
E os chineses são, na sua generalidade, exemplo disso.
Facto que não deixa de ser curioso, uma vez que vêm do outro lado do planeta mas integram-se melhor que os demais.
De qualquer das formas ( e sublinho que eu sou frequentadora assídua de restaurantes chineses), acho que já é um exagero a quantidade de estabelecimentos comerciais dos senhores dos olhos em bico... ...
Acrescentar ainda que aqui por terras vizinhas o cenário não é muito diferente... bem pelo contrário..! Em Madrid é impressionante o número de lojas 24h/restaurantes/mercearias nas mãos dos chineses...
Não me digam que já estão a fazer efeito reforçado, as chinesices do nosso primeiro a que deu voz, sabe-se lá de quê, o Sr. Pinho ?!?!
Hoje pensava no teu artigo durante o dia, e como de certa forma conheço a realidade escolar, pensei: e as crianças? os filhos?
Nas escolas que conheço são tão raros, quase nenhum...
Ao contrários das outras comunidades.
Tens razão Dulce, são dos nossos emigrantes mais "soft".
E são extremamente simpáticos, nas lojas e restaurantes...
Claro que são um exagero, embora façam jeito às nossas carteiras menos recheadas...
Se calhar trouxeram uns quantos na comitiva (nos porões do avião...) Repórter, apadrinhados pelo sempre eloquente, Sr. Pinho.
Tens toda a razão Maria, não se vêm muitos chinesinhos nas nossas escolas.
Provavelmente estudam em casa, para não perderem as suas raízes orientais.
Como eles têm tudo (como nas farmácias...), também devem ter professores...
Olá.
obg pela presença.
sim tb já ouvi históras increditáveis destes senores de olhos em bico... há pouco tempo em prtalegre arrancaram litralemnte um chão do sec xvi e puseram de novo em 24 horas pois o senhorio não autorizou que o tivessem alterado para mais uma loja da China.
1 sorriso luminoso e eu volto aqui pois gostei mto do blog, destes e dos outros dois parentes ...
Eles são realmente de uma organização e de força de trabalho, pouco compreensível para nós europeus, Lana.
Valorizam demasiado o trabalho. Provavelmente na Ásia é assim. O problema é que estão a influenciar o resto do mundo e estamos a um passo de voltar à "escravidão", contra a qual lutamos durante mais de dois séculos.
Volta sempre Lana.
Podem ser muito trabalhadores, etc, mas são demasiado misteriosos para o meu gosto.
Também não sei como se conseguem aguentar todos, com tantas lojas abertas (qualquer dia em Almada só há lojas de chinesices), Luís.
Sim, Alice, esse é outro mistério. Até porque as lojas dos "trezentos" já há muito que deixaram de ser novidade...
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