quarta-feira, março 20, 2019

O Velho Hábito de "Atirar Areia para os Olhos" dos Outros...

O "Encontro do Movimento Associativo Almadense" foi de tal forma livre, que houve quem usasse a palavra para defender o indefensável. Falamos de um autarca do PS, presidente da União de Juntas da Charneca de Caparica e Sobreda, que até quis usar palavras caras, dizendo que os problemas do Associativismo são endógenos e não exógenos (internos e não externos...), tentado salvar a face do Município, como se o Encontro tivesse como único objectivo atacar a Câmara Municipal de Almada.

Os problemas internos que existem na generalidade das colectividades (e são vários...) foram quase sempre provocados por factores externos a estas, ou seja, pelas próprias mudanças da sociedade onde estamos inseridos, que se foi tornando, de ano para ano, mais egoísta e individualista, colidindo frontalmente com os princípios do Associativismo.

Não há nenhum modelo Associativo do século XIX, XX ou XXI. Há assim adaptações sócio-económicas, sócio-culturais e sócio-desportivas, que se fazem (ou devem fazer...) naturalmente ao longo dos anos. 

Neste caso em particular, se há alguém que está a abrir "trincheiras" (palavra de Pedro Matias...), é o Município, que nem sequer se dá ao trabalho de ouvir os dirigentes associativos do concelho de Almada.

É muito fácil falar na "urgência" de trazer os jovens e as mulheres para o Movimento Associativo, para desviar as atenções.  Difícil é alterar o rumo actual da sociedade, cada vez mais desigual, e que trata os jovens como se fossem cidadãos de segunda, apesar das suas qualificações, oferecendo-lhes na generalidade dos casos, trabalho precário e mal pago...

(Fotografia de Luís Eme)

1 comentário:

almadalmada disse...

Os preconceitos ideológicos já anteriormente eramm condenáveis e prejudicaram Almada.
Bater nesta tecla revela-nos outras (novas) mentes bloqueadas ou condicionadas.
Abrir linhas de fractura é desperdiçar energias e criar obstáculos a qualquer possível harmonia entre as partes do todo.
Almada não se dignifica nem reabilita com divisões e sectarismos políticos.
Só através do diálogo aberto, livre, franco, desinibido e sem equívocos, com as pessoas, é possível recuperar Almada e o concelho das asneiras feitas no passado recente.
Ouvir os almadenses e aqueles que têm dado vida às colectividades, associações e clubes bem como os comerciantes, constitui um passo importante e decisivo para, quem não conhece, começar a conhecer Almada e ter "uma carta" do concelho.
Um agricultor tem de conhecer bem o terreno para saber o que semear e quando. Só assim pode vir a ter uma boa colheita.