A Revolta de 18 de Janeiro de 1934, a última grande manifestação de protesto contra a ditadura, até 25 de Abril de 1974, comemora hoje o seu 80º aniversário.
O seu grande epicentro aconteceu na Marinha Grande, mas os operários da cintura industrial lisboeta, também saíram para a rua, para manifestar o seu desagrado pelo rumo do país, já com Salazar ao "leme".
Cacilhas e uma boa parte do Concelho de Almada também veio para a rua, fazendo greve e manifestando-se contra o governo de uma forma pouco pacífica (houve confrontos físicos, rebentamento de bombas e muitas prisões).
O movimento grevista, que tinha aspirações a ser algo mais, acabou praticamente com o Anarco-sindicalismo no nosso país, pois os seus principais lideres foram presos. Primeiro foram deportados para os Açores e depois para o Tarrafal (inauguraram o "Campo da Morte Lenta", juntamente com os Marinheiros que ocuparam três navios no Tejo, a 8 de Setembro de 1936).
Alguns acabaram por falecer, como foi o caso dos almadenses Pedro Matos Filipe - primeiro mártir do Tarrafal - e Joaquim Montes, participantes na Revolta em Cacilhas.
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