Joaquim Benite deixou-nos, hoje.
Embora não fosse muito próximo, falámos diversas vezes, sempre com cordialidade, inclusive em situações inesperadas, como aconteceu uma vez à porta de um restaurante, em que ambos estávamos à espera de pessoas diferentes, apenas unidas pela falta de pontualidade.
Joaquim Benite deixa uma obra notável em Almada, no campo teatral, que espero que não seja destruída com o seu desaparecimento físico e com a "crise". O seu "Festival de Teatro" era um dos mais importantes da Europa e trazia sempre muita gente de fora a Almada, no começo do Verão.
Apesar da sua grande capacidade como encenador e director teatral, estava longe de ser uma figura consensual nos meios teatrais almadenses. Isso acontecia mais por razões materiais que por outra coisa. Como a sua Companhia absorvia uma grande fatia do orçamento da Autarquia para a Cultura, isso sempre provocou algum mau estar no sector cultural local.
Essa foi também uma das razões que me levou a afastar um pouco do seu teatro, pois como agente cultural de uma Cidade, que gosta de se afirmar pela justiça social e pela solidariedade, tenho de confessar que nunca achei muita piada que Almada fosse pouco democrática nos apoios dados à Cultura...
Adenda: Além de ter entrevistado o Joaquim Benite para o Record, também lhe "desenhei" um perfil no Jornal de Almada, numa rubrica que assinava e tinha como titulo, "Almada no Centro do Mundo". Fica aqui o link.
Adenda: Além de ter entrevistado o Joaquim Benite para o Record, também lhe "desenhei" um perfil no Jornal de Almada, numa rubrica que assinava e tinha como titulo, "Almada no Centro do Mundo". Fica aqui o link.
10 comentários:
Conheci-o ainda em Campolide.
É um dia triste para todos nós.
Abraço-te.
Um camarada a menos na Cultura de Almada.
Embora Benite me mereça todo o respeito, esperoo que o teatro almadense passa a ser mais democrático, que o dinheiro seja mais bem dividido.
Uma surpresa bem desagradável já que nem sabia que estava doente.
Morreu o homem ficou a obra.
Que descanse em paz.
Um abraço
Cada vez mais pobres!
Abraço
Pouco há a acrescentar.
Que descanse em paz.
é, Maria.
há poucos com a sua teimosia e qualidade.
beijinhos
não dependia dele, João.
ele não governava a cultura em Almada.
sim, ficará a obra, grande, de um grande homem de teatro, Elvira.
sim, Rosa. :(
claro, Observador.
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