Um dos aspectos que retive na última "Tertúlia do Dragão", organizada pela SCALA em Almada, foi a dificuldade de algumas pessoas em olharem para a fotografia apenas como um objecto artístico.
O fotógrafo Modesto Viegas mostrou-nos as suas fotografias, extremamente belas, em dois trabalhos distintos, um sobre as Cidades (Recantos Urbanos) e outra sobre a Natureza (Recantos na Natureza). Após a primeira projecção citadina fez-se uma pausa e a conversa estendeu-se até à plateia.
Os comentários fizeram com que percebesse que uma boa parte das pessoas olharam para as fotografias mais como um objecto documental que como um objecto artístico.
Chegaram mesmo a dizer ao autor, que este devia ter colocado uma legenda nas fotografias, para saberem onde tinha sido tirada. Ou seja, estavam mais preocupados com a localização da imagem que com os pormenores particulares que lhe davam uma beleza própria.
Foi então que Modesto Viegas fez a sua defesa e explicou (muito bem) que a sua única motivação enquanto fotógrafo, foi tentar fixar a beleza que encontrou em vários lugares, através da fotografia, oferecendo ao seu espaço físico um papel secundário.
Lá volto eu às palavras do outro: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa...
2 comentários:
Claro que explicou muito bem! :-))
Abraço
é verdade, Rosa. :)
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