Desde que fiz dezoito anos, tenho votado sempre. Claro que por vezes voto em branco, por não me identificar com nenhum partido ou candidato.
Hoje no café, não sei porquê, veio à baila as eleições e os votos. Quando disse que votava em branco, um companheiro de tertúlia disse: «pensas tu.»
Fiquei um pouco incrédulo e depois ele explicou-me o perigo dos votos em branco a quando da contagem dos votos, da facilidade que podem receber uma cruz e passarem a votos de uma qualquer força política, graças aos dedos hábeis de alguém.
Ele sabia do que estava a falar, além de ser militante de um partido, fez várias vezes parte de mesas de voto em eleições.
Senti-me mesmo "anjinho".
Talvez nunca mais vote em branco, talvez tenha de anular o voto, quando quiser votar em "ninguém"...
Explicação dos pássaros: Mesmo em democracia, Salazar continua a dar lições, com as suas célebres "chapeladas".
19 comentários:
O chato, Luís, é que o voto branco tem alguma serventia, julgo eu. A partir de uma certa quantidade, o voto branco invalida as eleições ou obriga à sua repetição, qualquer coisa no género. Já os nulos não servem para nada. Mas, vendo bem, com os políticos que temos, o voto, qualquer voto, não serve, verdadeiramente, para nada de nada. ;-)
Há muitos anos que tenho sido delegada às mesas pelo partido onde milito e sei do que fala esse teu amigo!
Temos que ter a máxima atenção quer nesse aspecto de transformarem votos em branco em votos do partido da maioria dessa autarquia ou do candidato da sua simpatia além da própria contagem de votos.
Temos que fazer passar os votos por cinco ou seis pessoas a contá-los enquanto observamos porque além de contarem mal, metem votos de um partido no monte de outro...
Embora as coisas tenham melhorado o caciquismo ainda nos leva a autênticos braços de ferro...
Não há nada como anular o voto!
Acho que tem mais significado como voto de protesto e não se corre certos riscos...
Abraço
Vem hoje um artigo sobre o assunto referido pela Luísa no DN que ainda não tive tempo de ler que me parece que dá informações contrárias ao que ela diz.
Mas repito que só li o título que é:
"Brancos e nulos sem influência nas presidenciais"
É algo que nós por vezes nem nos lembramos, precisamente por sermos anjinhos.
Lá terei de fazer uns bonecos em Janeiro e daí em diante, pois decidi nunca mais votar em ninguém...
Bolas, e eu que tenho andado numa discussão com alguns amigos acerca da pertinência dos votos em branco.
Às vezes penso que o nosso país não existe, que é tudo um enorme faz-de-conta...
(Já me tinha cruzado consigo no Rosa dos ventos mas só hoje vim espreitar. Foi um prazer!)
Abraço
Votar em branco, nunca!
Tem alguns perigos.
Ou se vota em "alguém" ou se torna o voto nulo.
A outra via, desaconselhada de todo, é a abstençao.
Branco é que não.
Não percebi a ligação ao Salazar: que lição é a dele sobre isto...?
Só tu, ainda me surpreendes...
Beijinho, Luís M.
Ele tem razão... e fui me lembrar que sempre que pensei em anular o voto ou votar em branco (quando ainda aqui o voto não era eletrônico) eu nunca procedi assim, me sentia "na obrigação" de tentar mudar e daí quem se sentiu "um anjinho", fui eu.
Beijos, Luis
eu também julgava que era assim, Luisa.
mas com este exemplo, não volto a votar em branco. protestarei de outra forma.
ainda bem que falaste da tua experiência pessoal, Rosa.
devia ter lido e não li, Rosa...
não vou ser tão drástico, Cap.
mas brancos, não obrigado.
não preciso que depois alguém vote por mim.
AC, é mesmo, alguma gente deste nosso país é danada para a brincadeira.
por isso é que estamos como estamos.
agora também sei que não, Observador.
ele era bom em "chapeladas", como aconteceu em 1958, nas eleições presidenciais, em que arranjou várias formas de Tomás passar á frente de Delgado...
ainda bem, M. Maria Maio.
quando não formos capaz de surpreender, a graça foge...
isso não, Cris.
não voto em que não gosto ou quero como governante.
Já encontrei o candidato que há-de levar o meu cartão vermelho às elites portuguesas, esse candidato é o José Manuel Coelho.
Palhaço e maluco é o povo que vota sempre da mesma maneira esperando obter resultados diferentes!
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