Não consigo responder à minha pergunta, porque a vida é algo que não se pode contabilizar, pelo menos desta forma. Mas pelo menos posso acrescentar, seguramente, que vale muito menos que há uns anos atrás.
Os acidentes rodoviários dos últimos dias, especialmente os atropelamentos mortais em passadeiras, são o melhor exemplo de que a vida há muito tempo que foi desvalorizada nas estradas portuguesas, onde se mata todos os dias, de uma forma perfeitamente inconsciente, com a complacência das autoridades e da justiça (sim, há por aí muito "assassino" à solta, que deveria ser proibido de voltar a conduzir qualquer veiculo).
A novidade são os assaltos violentos, que estão a ser notícia diariamente, um pouco por todo o lado. Tal como nos filmes, surgem fugas rocambolescas, assaltantes encapuçados, muitos tiros, mortos e feridos, com gravidade. A novidade são as mortes na noite portuense, provocadas por rivalidades mesquinhas e poderes ocultos. A novidade (ou talvez não...) é também a notória incapacidade das autoridades portuguesas em enfrentarem estes novos tipos de violência, com resultados positivos.
Será que os "bons" estão a perder a batalha para os "maus"? Será que é inevitável, perdermos a segurança e a tranquilidade, que faziam do nosso país uma excepção no mundo do crime violento?
O óleo que dá cor a este texto é o "Arsenal" ou "Frida Kahlo Distribui Armas" de Diego Rivera.
10 comentários:
"Os acidentes rodoviários dos últimos dias, especialmente os atropelamentos mortais em passadeiras, são o melhor exemplo de que a vida há muito tempo que foi desvalorizada nas estradas portuguesas..."
nem mais.
e segundo a tvi, vi ontem a tarde, nos ultimos 30 anos morreram em portugal mais de 60 mil pessoas.
As perguntas são muitas, as respostas não sei quando chegam...
Um abraço.
Uma vida não tem preço.
Perdeu-se o respeito pela vida e pelos outros...
Beijitos
ESte Novembro está a ser particularmente feroz...
O mais grave é a estupidez que origina tantos acidentes, perfeitamente evitáveis com um bocadinho de mais racionalidade, P. Maria...
Concordo contigo Maria P.
Abraço
Não tem mesmo, Repórter...
Só posso concordar contigo Ana...
Abraço
Pois está... parece que os "acidentes chamam acidentes", Vague...
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