Nós muitas vezes temos a ilusão que o mundo só começou a ser mundo no século vinte...
Felizmente existe a nossa literatura, que por vezes até parece actual demais, com Camilo ou Eça... ou então algumas obras de arte que nos dizem que a vida já era uma coisa cheia no século dezanove...
Este quadro de Alfredo Keil, "Barcos no Estuário do Tejo", com a presença de barcas, de vários portes e funções no rio, é a prova do que digo.
Embora as embarcações fossem mais pequenas, não deviam faltar velas içadas pelo Tejo fora...
8 comentários:
O poeta continua a viagem
Pelo cais dos sonhos...
Mesmo sem a luz do Farol,
Sem a frescura da água
Das bicas do Chafariz,
Não desiste de sonhar...
Percorre o Ginjal
De mão dada com a serenidade
Deixa-se empurrar pelo vento
Naquele carreiro da liberdade
Apesar das paredes cinzentas
Marcadas pelo abandono
Acredita num futuro azul
Inspirado na beleza do Tejo
E no encanto das suas margens
O poeta continua a viagem
Pelo cais dos sonhos...
E promete,
Nunca desistir de sonhar...
Luís Milheiro.
*Lembrava-me de ter lido estas palavras, por isso apeteceu-me recordar...
Beijos, Luís M.
Mesmo sendo uma adepta ferrenha da tecnologia, não me importava nada ter nascido no séc. 18 ou no 19. A arte era quase um submundo, adoraria ter convivido com vários artistas de perto, hoje em dia, logo, logo, eles viram celebridades quase intocáveis...não tem graça nenhuma. :)
Beijinhos e bom fim de semana
Belíssima! Tons suaves que kembram o amanhecer.
Um abraço
Sem a rapidez que leva à ligeireza e que é a marca desta sociedade da informação, tudo era (parece-me) mais profundo. Acho que nasci na época errada.
Abraço
as coisas de que te lembras, M. Maria Maio...
tens alguma razão, Cris...
era tudo mais cinzento e fumarento, sem o brilho e o glamour de hoje...
mas também mais natural e acessível...
é verdade Dulce, Alfredo Keil e João Vaz pintaram muito bem o nosso Tejo...
é verdade, mais profundo e real...
também sinto isso, Samuel.
Parece que o mundo é cada vez mais a brincar...
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