Amanhã será apresentado, às 17 horas, no "Espaço Doces da Mimi", o caderno de poemas, "Ginjal 1940, Poemas Dois", da minha autoria.
Desta vez escrevi sobre os lugares e deixo aqui o poema, "A Praia das Lavadeiras":
a praia das lavadeiras
A água nasce
ali mesmo
Naquele
bonito areal.
As mulheres
descem as escadas
vindas de
Almada
com
alguidares à cabeça
numa manobra
ousada.
Assentam
arraiais na praia
e depois falam e esfregam a vida
juntamente com a fronha e o lençol
para depois esticarem a roupa
que por ali fica a secar ao sol.
Os homens que por ali
cirandam
são corridos com um
palavreado
digno de estivadores e
fragateiros.
A praia é o seu único
reinado
e não precisam de olheiros.
3 comentários:
Um retrato poético, do que foi o lugar e a vida das gentes noutros tempos.
Um abraço
E como foi? Um sucesso, né? :)
Beijinhos, Luis
Aprecio o género.
Até tenho um livro sobre Lagos do passado.
Um forte abraço!
Enviar um comentário