Uma das profissões mais curiosas é a de barbeiro (embora hoje sejam apenas cabeleireiros...).
Cacilhas sempre teve várias barbearias. Nos anos 1940 tinha pelo menos quatro. E todos se governavam.
Pelo que me têm contado, havia uma diferença de preços significativos (assim como na restauração...), o que fazia que muitos lisboetas viessem à Outra Banda cortar o cabelo e a barba. Foi inspirado nas quatro personagens da época que escrevi este poema:
os barbeiros de cacilhas
Não falta
freguesia
aos Barbeiros
de Cacilhas,
para o corte
da barba e cabelo,
é raro ver-se
nas suas casas
uma cadeira
vazia.
Desde o velho
Quaresma,
ao filho,
“Pató”, sem esquecer o Arriaga,
o Domingos
“Espanhol”
e o finório do Jaime Soares,
são “baetas”
de tal maneira famosos,
que até
recebem clientela da Capital,
que adora os
seus bons preços
e fica para
almoçar no Ginjal.
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