A obra poética, "Antes que o Sol Acabasse", da autoria de Mário Machado Fraião (1952 - 2010), foi-me oferecida pelo poeta José do Carmo Francisco, a pensar no "Casario" e na minha ligação sentimental ao Ginjal.
Extraí do poema, "Cais do Ginjal", a sua parte final:
[...]
No Cais
batem as vagas com a sua cor distante
mistura de tintas
que eu não conheço
Eternamente
ao sol tardio
Hoje
o silêncio de um pintor
oscila sobre as águas do estuário
nas horas de repouso
e varre as pedras polidas ao longo do Ginjal
pisadas de gente acartando os sacos
Suada
a quilha
o cavername
antiga tenacidade
e estrondo
ventre de imprecações
E enquanto as madeiras rangem
pode haver
nas tábuas do casco
uma flor
o nome da mulher amada
uma estrela na proa.
4 comentários:
E que nomes lindos nós lemos nas proas dos barcos que chegam, partem ou simplesmente ondulam ao sabor das águas!
Abraço
Gostei do poema e a foto a preto e branco é linda.
Um abraço
é mesmo, Rosa, e até desenhos. :)
é um bonito poema, Elvira.
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