sexta-feira, maio 09, 2008

Meras Ilusões...

Nós muitas vezes temos a ilusão que o mundo só começou a ser mundo no século vinte...
Felizmente existe a nossa literatura, que por vezes até parece actual demais, com Camilo ou Eça... ou então algumas obras de arte que nos dizem que a vida já era uma coisa cheia no século dezanove...
Este quadro de Alfredo Keil, "Barcos no Estuário do Tejo", com a presença de barcas, de vários portes e funções no rio, é a prova do que digo.
Embora as embarcações fossem mais pequenas, não deviam faltar velas içadas pelo Tejo fora...

8 comentários:

Maria P. disse...

O poeta continua a viagem
Pelo cais dos sonhos...

Mesmo sem a luz do Farol,
Sem a frescura da água
Das bicas do Chafariz,
Não desiste de sonhar...

Percorre o Ginjal
De mão dada com a serenidade
Deixa-se empurrar pelo vento
Naquele carreiro da liberdade

Apesar das paredes cinzentas
Marcadas pelo abandono
Acredita num futuro azul
Inspirado na beleza do Tejo
E no encanto das suas margens

O poeta continua a viagem
Pelo cais dos sonhos...

E promete,
Nunca desistir de sonhar...

Luís Milheiro.

*Lembrava-me de ter lido estas palavras, por isso apeteceu-me recordar...

Beijos, Luís M.

Cristina Caetano disse...

Mesmo sendo uma adepta ferrenha da tecnologia, não me importava nada ter nascido no séc. 18 ou no 19. A arte era quase um submundo, adoraria ter convivido com vários artistas de perto, hoje em dia, logo, logo, eles viram celebridades quase intocáveis...não tem graça nenhuma. :)

Beijinhos e bom fim de semana

Maria disse...

Belíssima! Tons suaves que kembram o amanhecer.
Um abraço

samuel disse...

Sem a rapidez que leva à ligeireza e que é a marca desta sociedade da informação, tudo era (parece-me) mais profundo. Acho que nasci na época errada.

Abraço

Luis Eme disse...

as coisas de que te lembras, M. Maria Maio...

Luis Eme disse...

tens alguma razão, Cris...

era tudo mais cinzento e fumarento, sem o brilho e o glamour de hoje...

mas também mais natural e acessível...

Luis Eme disse...

é verdade Dulce, Alfredo Keil e João Vaz pintaram muito bem o nosso Tejo...

Luis Eme disse...

é verdade, mais profundo e real...

também sinto isso, Samuel.

Parece que o mundo é cada vez mais a brincar...