"A Família de Saltimbancos" de Picasso simboliza muito o que somos, enquanto seres humanos...
Principalmente, nós portugueses, que deixámos raízes nos setes cantos do mundo, pelas melhores e piores razões.
Hoje é o dia primeiro de mais um ano, de um ano que se quer sempre diferente...
Provavelmente precisávamos de partir, de mudar, de oferecer um novo registo às nossas vidas, que não passa apenas pela visita ao cabeleireiro ou ao pronto a vestir...
É por isso que às vezes invejamos as famílias de saltimbancos. É por isso que os saltimbancos invejam as famílias tradicionais...
14 comentários:
"Só estou bem, onde não estou..."
Será?
Bom ano Luís*
É verdade!
Passamos a vida a projectarmo-nos noutros cenários e a desejarmos desempenhar outros papéis...
Somos um Povo adiado!
Abraço
Tens razão Luís. É o fascínio por aquilo que consideramos ser a máxima independência... o viver livre de amarras. Como se o espaço e o tempo se fundissem numa só palavra: LIBERDADE.
Um óptimo 2008.
O mundo é feito de mudança. Porque não a natureza humana? É legítimo esse desejo. Aqui para nós que ninguém nos ouve,gostava de ser cigana. Mas nos quartos da lua não há essa possibilidade.
Abracinho
é raro o dia em que não me apetece fazer a trouxa e andar para outras paragens! mas vou ficando...
Bjs
TD
É um pouco assim, Maria P....
Somos mesmo, Rosa, um povo adiado...
A Liberdade é tudo, Minda...
Mais que legitimo, Maria Luar...
E de certeza que te sabe muito bem, partir, andar por aí, e chegar, Teresa...
Almada, terra das promessas...
visite www.jsdalmada.blogs.sapo.pt e conheça a vergonha que ocorre presentemente nos bairros camarários do Feijó e Laranjeiro.
Viver Almada, vivê-la Juntos.
O que é pena, Luís, é os portugueses de hoje, ou uma parte deles, os que não são e nunca foram (ou tiveram a coragem para tal) saltimbancos, de se esparramar pelos quatro cantos do mundo, hoje, terem tamanha aversão aos atuais saltimbancos, que tomam Portugal "de assalto" ou aos pouquinhos, vindos do Leste ou do Oeste e, sobretudo, debaixo do Equador.
Os que tiveram possibilidade de permanecer na terra, nutrem um desdém e fazem uma guerra, nem sempre silenciosa e discreta, aos que a pouca sorte levou a tentarem vida por aí.
É uma pena que uma parte da população portuguesa esqueça que os portugueses estão em cada cantinho do mundo, trabalhando e espalhando descendência, língua e costumes e, em geral, pelas mesmas razões que levam hj esses outros a buscar o clima ameno e a língua familiar da terra de D. Diniz, de D. Maria a louca, de Salazar e do 25 de abril.
Beijos pra ti, e feliz dia de reis, ainda por aqui.
Está de facto a tornar-se uma terra de promessas, Klol.
Se calhar é por isso que querem fazer uma zona de turismo religioso junto ao Cristo Rei...
É verdade o que dizes, Ida.
Esquecemo-nos muitas vezes do nosso passado, da forma como nos inserimos noutras culturas, geralmente bem recebidos.
Mas sabes que muito desse sentimento que existe (hoje mais notório), é causado pela situação actual de desemprego e mau estar social. Os emigrantes acabam por ser o "elo mais fraco" e quem está mais à mão, para levar com as culpas da má gestão do país, eternamente adiado...
Enviar um comentário