Porque hoje comemora-se o aniversário do nascimento de Florbela Espanca, ofereço-vos um poema meu, escrito para a colecção "Index Poesis", criada por Ermelinda Toscano, mãe e pai dos "Poetas Almadenses". Sei do que falo, porque sou apenas tio...
Florbela,
Mulher doce e amarga
refém de palavras belas e sofridas
e também de aventuras amorosas,
fugazes e perdidas...
Mulher próxima e distante
refém de um tempo masculino
sem espaço para sentimentos
ou devaneios pintados no feminino...
Mulher apaixonada
capaz de amar perdidamente...
Mulher poema
capaz de escrever de uma forma diferente...
Mulher doce e amarga
refém de palavras belas e sofridas
e também de aventuras amorosas,
fugazes e perdidas...
Mulher próxima e distante
refém de um tempo masculino
sem espaço para sentimentos
ou devaneios pintados no feminino...
Mulher apaixonada
capaz de amar perdidamente...
Mulher poema
capaz de escrever de uma forma diferente...
20 comentários:
Uma mulher sofrida mas que, como dizes, amou perdidamente...
Um expoente da nossa poesia...
Belíssimo!
...e amar-te assim perdidamente.
Beijinho e bom fim-de-semana*
Ao que dizem, Florbela terá sido uma grande mulher/escritora.
"Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!"
(Florbela Espanca)
Um abraço
Muito bonito, Luís.
"Mulher próxima e distante
refém de um tempo masculino
sem espaço para sentimentos
ou devaneios pintados no feminino..."
E está quase tudo dito.
Boa semana.
Beijitos
gosto muito de "mulher poema" :)
um beijinho, luís. (e obrigada!)
"Fecho as pálpebras roxas, quase pretas,
Que poisam sobre duas violetas,
Asas leves cansadas de voar..."
Adoro Florbela Espanca, Luís!
Bjs
Florbela Espanca, mulher de palavras tristes e sentidas, carregada de emoção, de dor. Em algumas coisas me revejo nela...
Em tertúlias, já disse muitos poemas dela, e é amar assim perdidamente...
bjos
Ana Paula
Tenho sempre os sonetos dela por perto!
Abraço
Tenho sempre os sonetos dela por perto!
Abraço
Amou e viveu perdidamente, Maria...
Sim, Maria P, minha "bela napolitana"...
E eu acredito neles, Repórter...
Menina Marota, escolheste o seu poema mais popular, graças aos "Trovante"...
Olá Ana.
Então a menina agora só abre o blogue a convidados?
Onde está o meu convite?
Tu és uma "Mulher Poema", Alice...
Eu também Cris...
As suas palavras são especiais, Ana Paula...
E fazes muito bem, Rosa, são lindos...
"Florbela Espanca não cabe no leito do seu rio" (José Régio).
Para mim, Florbela Espanca foi uma cigarra predistinada para morte.
O destino porém...marcou-lhe os passos da vida
Abraçocv
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