A nossa natureza, enquanto seres humanos, é uma coisa estranha.
Provavelmente, hoje ainda é mais estranha, porque temos um conhecimento mais profundo do mundo que nos rodeia.
Escrevo com esta "estranheza" porque hoje é o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.
Normalmente falamos das barreiras físicas (as mais visíveis...), mas há obstáculos ainda mais difíceis de contornar, que começam logo na nossa mentalidade, na forma como olhamos para as pessoas com problemas. Começam logo por ser "coitadinhos", por estar um degrau abaixo da sociedade em que vivemos, sem lhes darmos a oportunidade de nos mostrarem que são iguais, e até superiores, em tantas coisas...
Estes dias comemorativos que vão aparecendo no calendário, têm pelo menos uma utilidade: obrigam-nos a olhar de frente para os problemas, que tantos de nós enfrentam pela vida fora, mesmo que seja por um só dia no ano...
A fotografia é de Eduardo Gageiro.
14 comentários:
Tens razão, para os mais distraidos, é bom que se assinalem estes dias...pode ser que...
Boa semana Luís.
P.S. Não sei se será Rosarinho, mas se um dia souber digo-te.
É verdade. Os 'dias de' são importantes para nos sensibilizarmos. Afinal é tão fácil esquecer qdo nã nos toca a nós directam/. Eu acho é q temos q encarar como se fossemos nós e tentar lutar civicamente pelas acessibilidades, contra as injustiças. Já viste q nestas estatisticas dos acidentes, há uma série de 'feridos graves' q podem ficar com limitaçoes motoras?...
E é horrível pensar nisto, mas se todos os Natais morre gente, este ano será diferente? Oxalá q sim.
Mas...pensar q as pessoas agora estão vivas e bem...
É um pensamento um pouco perverso, mas...
uma fotografia espantosa sobre um tema que ocupa uma boa parte dos projectos de arquitectura que vou fazendo todos os dias.
Como têm sido esquecidas as pessoas diferentes...
Que havemos de dizer das acessibilidades??
Beijitos, Luís.
Às vezes os mais diferentes não são os portadores de uma deficiência mas sim aqueles que se julgam ao abrigo de todos os percalços da vida1
Abraço
Todos os dias deveriam ser iguais, mas cada um é mais igual do que o outro.
O meu companheiro de Vida sofre de esclerose múltipla... tento que para ele, todos os dias, sejam um pouco melhor do que o anterior.
Um abraço e grata pela partilha.
eu vivo com uma pessoa diferente. ontem, a escola promoveu uma ida ao cinema. chegou a casa radiante.
obrigada por este post, luís. um beijo.
Somos um país com pouca memória, são mesmo necessários estes dias, Maria P...
Não há perversividade,há sim, uma realidade amarga, Vague...
O fotografia é óptima, tem a marca Eduardo Gageiro...
Fico feliz por pensares nestes problemas, na tua profissão, "Blue"...
Pior que esquecidas, Ana.
Em alguns casos são quase espezinhadas.
Somos um país péssimo para minorias...
Concordo contigo, Rosa...
Essa gente só se lembram de Santa Bárbara quando chove...
E tentas tanto, Menina Marota...
Que tenhas sempre força, para proporcionar o máximo de conforto ao teu companheiro...
Sabes melhor do que ninguém, como este "mundo" trata as pessoas diferentes, Alice.
E às vezes basta um gesto ou um sorriso, fazem toda a diferença...
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