Era assim que o meu pai apelidava os grandes "palradores", capazes de dar grandes voltas numa conversa, para nos tentarem levar à certa, com um pedido ou uma venda qualquer. A única certeza que ele tinha, é que ficávamos sempre a perder...
Mas achava-lhes piada, às vezes era capaz de comprar qualquer "inutilidade", apenas pela satisfação de apreciar a lata e o jogo de cintura do vendedor, que em muitos sítios, era também conhecido como "vendedor de banha da cobra" (embora estes também existissem de verdade, com as suas caixinhas de latão, com a poção mágica que curava todas as doenças possíveis e imagináveis...)
Claro que os verdadeiros vendedores de jogo de rua, não serão todos grandes "palradores", ao contrário dos "vendedores de banha da cobra", como este da fotografia de Eduardo Gageiro...
8 comentários:
Sabes o que diz o meu pai quando algum desses "vendedores" o aborda na rua? "Opá eu ando na mesma vida!"
Nem imaginas a cara de alguns...:)
Beijo, Luís M.
Miguel Torga tem um belíssimo conto com esta personagem tipo...
Só que não tem nada a ver com aqueles que agora nos querem levar à certa. :-)
Abraço
não gostam de concorrência, M. Maria Maio...
pois não, Rosa...
O que isto me recordou, Luís...:)
Olha: vou deixar-te o meu e mail, pois gostaria de falar contigo (está descansado que não é nada pessoal - é profissional::). Se quiseres ter a bondade de 'mailar', é este: apenasluciama@gmail.com
Beijinhos
Apelidava o teu pai e muito bem!
sim, Lúcia...
eu sei, Escarlate Due...
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