Os Guindastes
Parece que a noite
deles se esqueceu.
deles se esqueceu.
E eles dela.
Ao longo do cais,
aguardam numa espera agonizante
a morte prometida que não chega.
Pela alma
estão presos ao chão
e olham o rio indiferentes
certos da sua cegueira
e silêncio invioláveis.
Porque nada mais deles se espera!
Dos velhos guindastes
em contínua decomposição.
Não choro!
Não!!!
Ao longo do cais,
aguardam numa espera agonizante
a morte prometida que não chega.
Pela alma
estão presos ao chão
e olham o rio indiferentes
certos da sua cegueira
e silêncio invioláveis.
Porque nada mais deles se espera!
Dos velhos guindastes
em contínua decomposição.
Não choro!
Não!!!
O poema é de Alberto Afonso, poeta almadense, e faz parte do seu excelente livro, "Recantos de Minha Terra". A fotografia é minha. Ambos espelham mais um olhar de abandono do Ginjal.
12 comentários:
É sempre bom lembrar o que de mal se vai encontrando.
Mas ... seria necessário?
É uma pena. Mas a fotografia sem o guindaste não seria a mesma...
E a fotografia está linda, Luís...
Beijinhos
Muito bonita a fotografia!
Triste, melancólica, traz saudades de outros tempos, mas muito bonita!
Luís: bom regresso às lides da blogosfera.
Este poema do AA é muito bonito, como outros que sobre os recantos da sua terra (que é, também, a nossa) ele escreveu.
E a fotografia é linda.
Pena é que, de facto, o Ginjal esteja assim votado ao abandono...
Um óptimo início de semana.
Ás vezes é melhor só guardamos a lembrança do passado e nada mais. A foto está linda e bem enquadrada!
Beijos, Luís
Bonito Luis , mas espelha alguma tristeza...
O " teu ginjal " tem o seu encanto.
bjo
ANA PAula
Nem foi o lembrar... foi o querer colar um poema bonito a uma fotografia, Repórter...
Pois não Maria...
É a realidade, "Cap"...
Olá Minda.
Mas este presente não é mau, graças ao Tejo, Cris...
Há coisas que mesmo tristes continuam belas. O Ginjal é uma delas, Ana Paula.
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