Eu tinha pensava escrever sobre o anonimato na blogosfera, só daqui a uns dias, mas acabei por reconsiderar. Porquê? Porque o tema é pertinente e não deve ser adiado.
Segundo a minha perspectiva, o anonimato da blogosfera deve ser dividido em duas partes completamente distintas.
A primeira refere-se à identidade dos donos dos blogues. Pelo minha experiência de "viajante bloguista", noto que a maior parte das pessoas escolhem um pseudónimo como elemento identificativo, preservando a sua verdadeira identidade.
Embora tenha optado por utilizar o nome próprio, não vejo mal nenhum em se usar qualquer outro nome ou mesmo iniciais. Não é isso que faz com que deixem de ter personalidade própria e defendam os valores e as coisas em que acreditam. Quem utiliza um pseudónimo tem duas vantagens muito importantes: maior liberdade de acção e um campo critico mais vasto nos seus "posts".
A minha opção pessoal obriga-me a ser mais comedido, porque além de ser alvo de uma maior exposição, estou sujeito a ter de "pagar" um preço pelo que digo, quando abordo temas polémicos, que envolvem segundas e terceiras pessoas (por exemplo, sei que no Município de Almada há quem não perdoe a minha pertinência no "Casario"...).
A segunda parte do anonimato, que tenho obrigatoriamente de referir, diz respeito aos comentários e aos comentadores. Este campo de acção é mais perigoso e faz com que algumas pessoas se defendam da gente mal formada que utiliza o espaço dos comentários para insultar e levantar suspeitas sobre os donos dos blogues (sei do que falo porque também já fui vitima de um cobarde que fez com que acabasse com os comentários anónimos nos meus blogues) e sobre quem comenta.
Mas estes problemas são próprios da liberdade (para alguns excessiva...) que existe na blogosfera.
Em jeito de conclusão, não vejo qualquer inconveniente em as pessoas utilizarem um pseudónimo nos seus blogues. É uma forma de se defenderem de possíveis represálias e até de visitantes obscuros que gostam de virar de pernas para o ar os comentários. Em relação a estes senhores que se escondem no anonimato e escolhem várias "caras" para espalharem veneno, como "cobras cuspideiras"... não deixam de ser um produto da tal liberdade, que existe, felizmente, na blogosfera.
13 comentários:
Li com atenção estes teus dois últimos "posts" e tenho de dizer alguma coisa em relação a este último, Luís.
Achei piada na primeira parte dizeres que algumas pessoas do Município de Almada, não te perdoavam a pertinência. Vindo de quem vem, não se esperava outra coisa.
É mais cómodo inventarmos um peseudónimo para nos identificarmos, quanto mais não seja para não sermos martelados pelos invejosos e cinicos que andam à nossa volta.
Na segunda parte, embora não use comentários no meu blogue (apenas por falta de tempo, como acho que deve haver diálogo, e a minha vida não me permite "olhar a Beira" diariamente, optei pelo silêncio), tenho algo a dizer.
Se tivesse comentários também não aturava anónimos (há gente que não deve ter mais nada que fazer, que chatear a "molécula" aos outros). Mesmo assim, há uns tempos visitei um blogue e acabei por ser enxovalhada, apenas por ter dito que pensava, sem insultar ninguém. Se calhar tinha que dizer «Amem» ao papa lá do sitio. Claro que fiquei vacinada e nã vltei à tal "estrada".
Como tu dizes, muito bem, são problemas próprios da liberdade que existe na blogosfera.
Grande testamento! Venho cá poucas vezes, mas quando venho, venho!
Beijinhos e Bom Ano de 2007.
Concordo com as suas palavras.
Eu própria optei por utilizar um nick já anteriormente utilizado noutras andanças.
Também eu fui alvo de comentário menos apropriados relativos a alguns post que, pelos vistos, incomodam alguém que não tem senso de humor.
Bom Ano de 2007
São os votos do
http://oladocerto.blogspot.com
Luís, venho desejar-te umas boas entradas neste ano que se aproxima e que ele te traga só coisas boas. Um excelente 2007 para ti.
Beijos com carinho.
sLuís
Percebo muito bem o que dizes. Eu andei por aí a comentar como maria (que é um dos meus nomes) desde Julho 2006 e só criei o blog no final de Outubro.
Na verdade, houve uma altura em que senti essa necessidade, e não o tinha feito antes porque necessariamente me "ia despir" com o que escrevesse. E não sabia se estava disposta a isso.
Continuo a usar um dos meus nomes (apenas) porque o blog não é temático, é assim uma espécie (de diário?) de escrever o que sinto...
No dia em que decidir ter um blog temático não terei qualquer problema em me identificar na totalidade, até porque sempre dei a cara ao longo da minha vida e continuarei a fazê-lo...
É interessante este tema, sem dúvida. Parabéns!
Eu já passei pela experiência do anonimato e não gostei, noutro blog que em tempos tive.
A criar a Casa de Maio, assumi quem sou, não tenho lá o nome todo (é longo) mas por vezes pensam que Maria Pedrógão é pseudónimo, não é!
Por isso também já senti alguna anónimos a "picarem-me" mas mantenho os comentários abertos, até um dia...claro.
Claro que é mais cómodo usar um pseudónimo, Alice. E também nos dá mais liberdade...
Em relação aos comentários, há sempre quem se ache no direito de brincar com coisas sérias. Feitios.
Bom ano de 2007 para ti.
Papoila,
a história dos blogues também é feita da gente que pensa que tem graça, ou que acha que nos pode chamar nomes feios... paciência!
Bom ano de 2007 para ti.
Vida,
um bom ano de 2007 para ti-
Maria,
compreendo-te perfeitamente. Ser "simplesmente Maria" torna tudo mais simples...
Um bom ano de 2007 para ti (mais uma vez...)
Maria P.,
felizmente a vida está sempre a dar-nos lições.
Também é preciso desmistificarmos um pouco as coisas na blogosfera. Não podemos entrar em generalizações (género Miguel Sousa Tavares), em que por nos sentirmos atingidos por uma única pessoa, achamo-nos no direito de insultar todas as outras.
Também aqui acredito que as coisas vão mudar, porque a maior parte das pessoas que fazem parte da "tribo", estão cá por bem...
Bom ano de 2007 também para ti.
tu és o Éme de há uns meses atrás? (que teoricamente enviou-me um email que não recebi? :)
ou outro?
(a propósito de anonimátos!)
Bom ano, de qualquer modo
Não sei do que está a falar. Gostava que fosse mais explicita.
Embora não tenha nada que me justificar, a si ou a quem quer que seja (porque sou dono dos meus actos) passei a ser Luís Éme, agora em Janeiro, simplesmente porque me apeteceu.
só agora li a resposta...
se não sabe, não é. obrigada
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