Foto de Alfredo Cunha, in "Naquele Tempo"
Nos dias quentes é sempre agradável saborear o vento que sopra ao fim de tarde, no Ginjal.
Há sempre movimento na água, por terra ou no ar.
Assistimos ao vai e vem de Cacilheiros que partem e chegam do Cais Sodré; de autocarros que enchem o Largo Alex Dinis, antes de se fazerem à estrada, em todas as direcções; de aviões que sobrevoam o Tejo, antes aterrarem ou levantarem voo na Portela...
Há sempre coisas novas a chamarem-nos a atenção. Desta vez dei por mim a pensar, em como o simples olhar para o céu, tem mudado de significado, ao longo dos tempos...
No tempo em que as gaivotas e outras aves tinham a exclusividade dos voos, restava-nos invejar os seus movimentos e sonhar com a possibilidade, de um dia, também pudermos ter “asas”, para descobrirmos uma nova visão do mundo.
Os mais teimosos e imaginativos, tentaram ter razão antes do tempo. Foi o caso de Leonardo Da Vince, Bartolomeu de Gusmão e Júlio Verne.
Eles sabiam, que um dia íamos voar, pelo menos até à Lua... sem ser em sonhos...
Às vezes esquecemos o quanto agradável é olhar o céu. De dia temos o azul serpenteado pelo branco das nuvens, de noite temos as estrelas e o luar que furam a escuridão.
4 comentários:
Obrigado pela visita.
É sempre bom conhecer mais um companheiro da blogosfera de Almada.
Parabens pelo seu Blog.
Fica um abraço!
Apareça sempre.
Acabei de passar pelo "Rio Abaixo" e gostei.
É óptimo descobrirmos que a Margem Sul está bem representada na blogosfera.
Mas este post hoje está muito poético! Quanta magia nestas palavras... e o gesto de olhar o céu, sonhar, enfim!! O cais do Ginjal, apesar da degradação, é um sítio óptimo para olhar o horizonte e viajar até ao infinito... Parabéns, gostei muito.
Se soubesses a história desta fotografia, qual era o seu destino...
Pelos vistos fiz bem em mudar a história sobre "os aviões-bomba", esquecer "terrorismos & bandidos", preferindo olhar para o céu, com olhos de ver...
Enviar um comentário