Soube na sexta-feira que a Câmara Municipal de Almada decidiu não fazer o corso alegórico carnavalesco este ano.
Não viria mal nenhum ao mundo, se isto acontecesse por questões económicas ou pela duvidosa qualidade do desfile.
Segundo me informaram a Autarquia optou por um espectáculo musical. Pelo que não foi de certeza por questões monetárias.
Estranhas foram as "desculpas" dadas por alguns responsáveis do Município, que disseram não haver interesse das colectividades em participar no corso, sem sequer estas serem auscultadas.
Apesar de alguma dependência a nível monetário, algumas colectividades encheram-se de orgulho e escreveram ao vereador da Cultura de Almada, onde demonstravam a sua indignação pela "fuga à verdade".
Como de costume, a "montanha deve parir um ratito", mas mais uma vez há alguém que fica mal na fotografia.
Como não sou adepto deste corso (feio e sem alegria...), não vou sentir a sua falta.
O meu conhecimento da história local faz com que pense que se devia aproveitar as colectividades para fazer ressurgir as "cegadas" e o "enterro do bacalhau", que estas sim, fazem parte da tradição popular almadense.
O óleo é de Olga Larionova.
7 comentários:
Não conheço as “cegadas” e o “enterro do bacalhau” – vou pesquisar.
Algumas tradições tendem a desaparecer.
Convenhamos, em abono da verdade, nunca ter sido Almada uma clássica carnavalesca.
Entre as desculpas esfarrapadas e a realidade, era óptimo que se soubesse tudo.
E nada como um político assumir, sem ambiguidades, a verdade da coisa.
Se a opção fosse tida para contenção de despesas, era ouro sobre azul. Mas, ao que tudo indica, não é disso que se trata. Porque um espectáculo musical não é barato.
Depois, carnaval ou música é uma questão de gostos.
'Cegadas' e o 'enterro do bacalhau' esses sim. São tradição e fazem parte do historial cultural do Concelho.
E que tal as associações fazerem essa proposta à Autarquia?
Talvez a ideia fosse aproveitada e não se gastasse tanto dinheiro como isso...
Afinal a tradição ainda tem algum peso na memória das pessoas!
Abraço
mas temos feito muito nos últimos anos para que elas sobrevivam, Catarina. de Norte a Sul.
pois não, mas há modas que ficam, Observador.
já fizeram, Rosa.
o silêncio é de ouro.
Eu sou completamente a favor em manter as tradições... e sentia um certo orgulho por ver isso ainda em Portugal, mas parece que já nem é mais assim. Uma pena...
E o óleo é fabuloso!
Beijos, Luis
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