Escrevi esta "memória" poética, para um pequeno caderninho, publicado pelo "O Farol", para a "Festa da Poesia de Almada".
As Sereias de Cacilhas
Sempre que passo pela rua Direita
Recordo o Pescador de Memórias
Que usou as palavras de forma perfeita
Tornando mágicas as suas histórias
Verdadeiro mestre do teatro falado
Dava sete vidas às suas personagens
Que ainda me deixam encantado
E a querer fazer todas aquelas viagens
Benditas paragens obrigatórias
Pelas tabernas e tascas de Cacilhas
Que me ofereceram mil e uma histórias
Cheias de encantos e maravilhas
Às vezes ainda penso nas suas Sereias
Que escolhiam as noites quentes de luar
E emergiam na praia das Lavadeiras
Conjugando com perfeição o verbo amar
Luís Milheiro
O óleo é de Claude Théberge.
8 comentários:
As sereias de Cacilhas terão laços de sangue com as seculares Tágides de que fala Camões. O rio e o mar continuam a inspirar os poetas. Gostei tanto do poema quanto gosto da prosa. Escrita cativante, Luís!
Bem-hajas!
Abraço
E eu a pensar que no Tejo só havia ninfas! :-))
Além das tuas sereias, o quadro que ilustra o poema é lindíssimo!
O que tu descobres...
Abraço
foi apenas uma brincadeira, rimada, Cata-Vento...
também gostei dele por isso é que preferi o chapéu ás sereias, pela sugestão, Rosa...
Almada....
fué lo primero que aprendí de tu pais...un lugar en el tiempo...
Cova da Piedade...
que recuerdos
Maravilhoso, Luís.
Um dois em um (texto e óleo) fantástico.
Parabéns!
Luis, você é, de facto, um homem muito sensível.
Parabéns!
pois sou (embora tenha dias), Carol.
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