Se há coisa que me irrita na televisão é esta moda actual de encher os telejornais (infelizmente acontece em todos os canais...) com uma única notícia, abordada de todos os ângulos possíveis e imaginários.
Os últimos exemplos foram: o "diploma de Sócrates"; o desaparecimento de Maddie, a menina inglesa. Agora, como não podia deixar de ser, vem aí o "Serial Killer de Santa Comba Dão".
É triste toda esta exploração noticiosa, que se torna sórdida, tóxica e até pornográfica, distanciando-se cada vez mais daquilo que é o serviço noticioso.
Isto só deve ser bom para os especialistas de criminologia duvidosos, cujos comentários mancham as televisões de vermelho, colocando-as ao nível do jornal "O Crime".
Escolhi um dos bonecos do António, para dar um pouco de humor à questão...
16 comentários:
O problema não é abordar a notícia de todos os ângulos possíveis e imaginários: é o tipo de "notícias" que se escolhem para esse "exercício".
Em contrapartida (e infelizmente) muitas outras notícias passam uma única vez e não são aprofundadas, muito menos acompanhados os seus desenvolvimentos.
Mas penso que nisso estamos de acordo, não é?
Vitorino
infelizmente, o que orienta os canais televisivos é a guerra das audiências e não a qualidade dos serviços noticiosos. tipicamente português...
Humor-negro!...só pode ser.
E o pior é que não vale a pena mudar de canal, já estão todos na mesma linha.
Boa semana Luís.
Todos canais...todos iguais!
Só me sacaste o sorriso com o boneco do António....
O resto é para esquecer...
BeijInhos
Bem escolhido o 'boneco'.
Na questão noticiosa, é o que as pessoas querem e esperam ouvir até à exaustão.
Sinceramente, não estou totalmente em desacordo, como espectador..
Como profissional...
Permitam-me que estabeleça aqui uma comparação entre a exaustão noticiosa e cansativa, patética e sem regras, com o exemplar trabalho feito aquando da morte de Miklos Fehér, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.
Ricardo Espírito Santo, o realizador televisivo, "limitou-se" a transmitir o transmissível, poupando toda a gente à tal exaustão que não beneficia ninguém.
Há aqui uma clara e óbvia diferença entre jornalismo e jornalistas.
Concordo perfeitamente contigo, Vitorino.
Além das "guerras" de audiências, que ninguém percebe muito bem, irrita-me que não tentem ser diferentes uns dos outros.
Se tentassem, teríamos todos a ganhar Alice.
É isso mesmo, Maria P., estão todos sintonizados...
Rimaste muito bem Rosa!
Para esquecer mesmo, Maria...
Não concordo totalmente contigo Vili. As pessoas são habituadas a ver tudo até à exaustão, isso sim.
Deste um grande exemplo, Repórter... que quase ninguém segue...
Sim, as pessoas vêm tudo até à exaustão, Luis. Mas será causa ou consequência?
No entanto, insisto, também esperam cada vez mais desenvolvimentos sobre esses "super-assuntos". Por isso essas notícias estão nas bocas do mundo, e são temas de café e na praça. Porque estão na ordem do dia, as pessoas desejam que se falem delas nos telejornais com pormenores extremos.
Façamos um simples exercício: Quem nunca esteve sentado à hora de almoço ou jantar, a ver o telejornal, e interromper ou ser interrompido numa conversa em família, porque está a dar uma dessas notícias, em que toda a gente quer saber pormenores?
Tens alguma razão Vili...
A televisão é um meio tão poderoso, que pode ter um papel educativo ou deseducativo nas pessoas.
Cada vez há menos pessoas que resistem ao "poder" que têm, de manipular.
Claro que é uma conversa que dá pano para mangas.
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