Este poema foi escrito a pensar nos políticos nacionais, mesmo assim houve um "estupor" local que se sentiu identificado nestas palavras. É também por isso que não votarei nele, no dia 1 de Outubro...
Volto a frisar que esta escolha é dedicada sobretudo aos políticos "farsantes" que estão a ver o chão a fugir-lhes dos pés, como o caso do senhor que em tempos saía da cartola dos mágicos, que tenta por todos os meios, manter-se à tona de água... Mas parece que está mesmo condenado, pois não acredito que ao fim do dia de domingo, alguém lhe lance alguma bóia de "salvação". Não vale tudo, nem mesmo arranjar "trampezinhos" com o olho no cigano...
Excelentíssimos Estupores
A sanha do poder
torna-os sedutores
Além das
gravatas de todas as cores,
Distribuem
rebuçados de vários sabores
Canetas beijos e
sorrisos encantadores,
Porque no final
querem sair vencedores.
A vitória
floresce a troca de favores
Quase que
parecem mercadores
Nos muitos jogos
de bastidores
Em que são
autênticos doutores
No seu notável
papel de impostores.
Denunciados
pelos comentadores
Fixam o sorriso
amarelo nos televisores
Agarram a cartilha
dos ditadores
E deixam cair a
máscara de fingidores
Os
excelentíssimos estupores.
Luís [Alves] Milheiro
2 comentários:
Ele lá sabe a carapuça que usa
Gostei do poema.
Abraço e bom fim de semana
Um poema acutilante. Realmente quem enfia a carapuça é porque lhe serve...
Um abraço, Luís.
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