No sábado quando cheguei à cidade, vindo de outra "cimeira" qualquer, também pacifica e lisboeta, descobri que já era Natal, pelo menos nas ruas principais de Almada, desde o Centro Sul, até à praça Gil Vicente.
Critico como sou, disse logo que era cedo demais para a "coisa" e que poderiam ter esperado pelo menos pelo primeiro de Dezembro. Sim, com o dinheiro poupado nas iluminações de Natal em onze dias, era possível fazer centenas (milhares, mais por aí...) de cabazes de Natal, que poderiam ser oferecidos, criteriosamente, às famílias mais desfavorecidas do Concelho.
Levei como resposta, «mas é tão giro, não sejas estraga prazeres. Além disso nota-se que há muito menos exuberância nas luzes.»
Calei-me e percebi que o povo também se alimenta destas luzes (e também do fogo de artificio do fim de ano, que para mim é um desperdício de dinheiro, mas eu sou um antiquado...). O povo e os "eleitos", claro. Eles não querem que "nos falte nada", neste e noutros natais...
14 comentários:
Ai, Luis, vou ter que concordar contigo... sempre achei um exagero o Natal "começar" antes de dezembro. Porque não faz sentido... porque o mês do Natal é dezembro e quando se vive em época de contenção, aí é que faz menos sentido. E adoro ver as ruas enfeitadas para o Natal.
Beijos
Deve-se poupar, sim. As ruas deveriam ser enfeitadas a partir do primeiro de Dezembro para que se continue a curtir o Outono e não se pense já no Inverno que só começará a 21! Mas por outro lado as pessoas já andam tão desoladas que umas luzinhas talvez lhes levantem o ânimo...
Tinha escrito um comentário como M. (de umjeitomanso.blogspot.com) mas eliminei pois achei melhor escrever com esta identificação.
Concordo com o absurdo da antecipação das iluminações natalícias a chamarem-nos ao consumo, concordo que a verba gasta em iluminações daria para muitos apoios sociais mas tenho que manifestar o meu apoio a essa instituição que é o fogo-de-artíficio de Almada, um verdadeiro ex-libris da cidade. Deve custar horrores mas é deslumbrante, é excessivo, lindo, surpreendente, nunca vi melhor em lado nenhum. Não sei como vai ser este ano, ano de todas as aflições: se vai ser encurtado, se em vez de duas edições (a do Ano Novo e a do 25 de Abril) só haverá uma...mas, apesar de concordar que custa ver o dinheiro a queimar-se pelos ares, penso que é um espectáculo ímpar que deve orgulhar os habitantes de Almada e, pessoalmente, teria muita pena se acabasse. Os céus ficariam mais tristes e nós também.
Confesso, Luís, que dispensaria de bom grado as iluminações de Natal. Natal para mim é a reunião familiar alargada, festa para viver «intra-muros». O resto é «circo»… Mas reconheço que, às vezes, a alegria do «circo» sacia mais «fomes» do que o «pão». :-)
Estou de acordo consigo.
1º Não percebo o porquê das luzes em Novembro
2º Como refere, o dinheiro gasto nas luzinhas dava para muito cabaz com coisas essenciais
3º Sim, também a mim, me dói pensar no dinheiro que se gasta em fogo de artificio.
Mas o povo anda mais ou menos contente, não é? :-)
Isso é que importa.
numa altura destas, acho um disparate, Cris.
mas eu sou um...
talvez, Catarina, talvez...
G., os gostos são muitas vezes diferentes (e as vontades...). sempre achei o fogo de artificio exagerado e longo.
e não acho nada que os céus fiquem tristes, até devem sentir-se bastante aliviados, tal como as aves e restantes animais...
é isso, Luisa, o "circo" alimenta muita gente, no Natal, que precisa de meter um pouco de fantasia nas suas vidas...
Cap, é isso mesmo.
e os autarcas andam cá é para nos darem "felicidade"...
A autarquia prometeu gastar menos nas iluminações natalícias.
Uma boa atitude, se considerarmos que o despesismo não se realizará noutras iniciativas não prioritárias.
De há muito discordo que o Natal se comece a comemorar tão cedo.
Mas lá está: "é tão bonito"...
E o povo gosta.
Também sou uma critica desta antecipação das iluminações,entre outras "natalices"...
Quando o Natal chega já está toda gente cansada!
Abraço
outra verdade, Rosa.
banaliza-se o Natal mesmo.
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