É provavelmente a personagem da 1ª República mais odiada, principalmente pelos sectores mais conservadores da nossa sociedade, mas não deixa de ser a que considero mais importante.
Claro que Afonso Costa cometeu vários erros, o principal terá sido a perseguição que fez à igreja, tendo sido o principal obreiro da "Lei da Separação do Estado e das Igrejas", na nova constituição de 1911. Também é criticado pela entrada de Portugal na Grande Guerra, mas esta foi uma posição inevitável, se não o tivéssemos feito, teríamos ficado com as colónias à mercê dos alemães, sem a protecção dos aliados.
Antes da implantação da República foi um dos deputados que mais se bateu contra os gastos da Casa Real, que recebia "adiantamentos" avultados, que não se coadunavam com as dificuldades económicas que o país atravessava. Este "atrevimento" valeu-lhe inclusive a "expulsão" do parlamento.
Excelente advogado e professor universitário (doutorou-se com a tese, "A Igreja e a Questão Social, em 1895), tinha ideias demasiado avançadas para o seu tempo.
Foi ministro da Justiça, presidente do Ministério e ministro das Finanças, onde realizou um bom trabalho, que só não resistiu à crise europeia provocada pela Grande Guerra, que fragilizou o velho continente, com maior incidência nos países mais fracos, como era o nosso caso (tal como sucede nos nossos dias...).
Anti-salazarista, Afonso Costa acabou por falecer em 1937, no exílio, em Paris.
Na imagem podemos ver Afonso Costa a chegar a Cacilhas em 1911, onde veio agradecer o apoio popular dos almadenses ao ideário Republicano.
4 comentários:
conhece a carta escrita em Paris:
http://almamater.uc.pt/wrapper.asp?t=%5BCorrespond%EAncia+pol%EDtica%5D+%5B1%2E%AA+Rep%FAblica+e+oposi%E7%E3o%5D+%3A+%5Bcartas+de+Afonso+Costa%5D&d=http%3A%2F%2Fbdigital%2Esib%2Euc%2Ept%2Frepublica%2FUCBG%2DMS%2DEpistolario%2DAC%2FglobalItems%2Ehtml
obrigado pela informação, Ralf.
Mais uma página da história...
Beijinhos, Luís M.
sim, mais uma, M. Maria Maio...
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