segunda-feira, maio 27, 2024

Abril em Maio em Almada (nunca em Novembro...)


Passei a tarde de hoje no Salão de Festas da Incrível Almadense, onde me coube o papel de moderador de uma "Tertúlia de Abril", que procurava visitar o antes e o depois de Abril, em Almada, organizada pela Incrível.

Os convidados eram do melhor que se poderia encontrar no Concelho (Mário Araújo, José Manuel Maia, Joaquim Judas, Augusto Flor e António Matos), em conhecimento e experiência política. Isso muitas vezes complica a função do moderador. Não foi o caso, porque eu limitei-me a deixar esta gente da história de Almada, falar. Falar do muito que viveram, para as duas dezenas de pessoas presentes, sempre atentas, que saíram dali muito mais ricas (tal como eu...), sem arredar pé, nas quase três horas em que se "tertuliou" e visitou a história recente de Almada e de Portugal.

Foi uma pena não se ter filmado a sessão (nem fotografado.. .), porque se disseram coisas extremamente importantes e sentidas (foi uma boa ideia pedir-lhes na segunda ronda de intervenções, que nos contassem aquilo que mais os marcou durante esse tempo verdadeiramente revolucionário e progressista).

Também se falou do presente, dos avanços da direita à tentativa dessas mesmas forças em "compararem o que não é comparável": a Revolução de Abril com um Movimento Militar democrático (o mais curioso é que esta direita nem sequer teve nenhum papel activo neste movimento, protagonizado pelo "Grupo dos Nove" e pelo PS...), que tentou cortar com os extremismos que estavam a dividir o País (tanto à esquerda como à direita...).

(Fotografia de Júlio Diniz - Almada, 27 de Abril de 1974, sábado)

Nota: Texto publicado inicialmente no "Largo da Memória". Durante a semana, irei publicar textos sobre o que de mais importante foi dito, nesta sessão, extremamente rica em testemunhos e história, por aqui, no "Casario do Ginjal".


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