Tudo isto porque o PS e o PSD orientaram a sua política de apoios, desde o começo de mandato, seguindo uma premissa errada: a de que todo o "associativismo almadense era comunista".
Ainda me questiono: como é que é possível acontecer tal coisa, quando se caminha para o meio século de democracia no nosso País?
O que é certo, é que isso ficou bem patente na sua prática e também no discurso de alguns dos seus dirigentes. Além de deixarem de apoiar muitas Colectividades, ainda tiveram o cuidado de ver se os subsídios atribuídos (alguns ainda da anterior gerência comunista...) tinham sido empregues nas áreas para os quais tinham sido pedidos. Quando tal não aconteceu foi exigida a sua devolução.
Como as receitas do associativismo são cada vez menores, é normal que as verbas atribuídas pelas autarquias acabem por ser aplicadas onde mais fazem falta (começa logo pela luz, água e rendas...). É preciso alguma sensibilidade social e algum conhecimento de campo, para lidar com estas questões da melhor forma, o que não aconteceu com este executivo. Em alguns casos mais delicados, pedir a restituição de verbas foi a mesma coisa que anunciar o "fecho de portas"...
Gostava que no futuro fosse feito um estudo rigoroso sobre as implicações da falta de apoio do Município nas Colectividades Almadenses no seio da população, que nos tempos que antecederam a pandemia, já viviam o seu dia a dia com grandes dificuldades.
Sem apoios era-lhes praticamente impossível manterem as suas actividades desportivas, recreativas e culturais, nos mesmos moldes a que estavam habituados, para serviram os seus associados e os almadenses em geral.
(Fotografia de Luís Eme - A Incrível Almadense aparece aqui apenas pelo seu simbolismo, por ser a Colectividade-Rainha de Almada, com os seus 172 anos de idade e de história)
1 comentário:
E se fossem, qual era o problema?
Abraço
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