Pois é, a sabedoria popular tem muito que se lhe diga. Nem parece que foi criada quase em oposição aos "eruditos" dos tempos passados...
A minha filha com catorze anos, perguntou-me o que era isso dos 'rabos de palha' (ela pergunta-me muita coisa, que eu tenho a mania que ela já devia saber... esqueço-me de que não passou uma boa parte das férias grandes da infância, na aldeia, na casa dos avós, tal como eu e o meu irmão. Esta passagem pelos campos foi decisiva para o enriquecimento do meu vocabulário, sem que me apercebesse...).
Comecei por dizer que os rabos de palha deixam sempre rasto por onde passam... Depois fui mais longe e disse, que às vezes falamos de coisas, como se não tivéssemos nada a ver com elas, mas há sempre alguém que nos lembra que não é bem assim. Somos traídos pela memória mais vezes do que devíamos.
Acabei por lhe dar um exemplo prático, de Cavaco Silva (que como diz o meu amigo Gui, é a "virgem mais puta de Portugal"...), que sempre que tem uma oportunidade destila os seus "ódios de estimação", esquecido dos seus "pecadilhos" enquanto governante e político. Mas basta perceber que ele é o homem que garante a pés juntos, que nunca foi político, quando foi dez anos primeiro-ministro e outros dez presidente da República (sem somar o seu tempo como ministro das Finanças...).
Pois foi, afinal nos seus governos também havia primos, tios, e até esposas de ministros...
1 comentário:
Dar emprego aos familiares é prática que em Portugal vem de longe. No tempo da outra senhora abriam-se concursos para fazer ver que era tudo legal, mas nos lugares a ocupar já estavam os amigos e familiares. Só que naquele tempo não havia os meios que há agora em que tudo vem para a praça pública.
Não que eu esteja de acordo com isso. Só quero dizer que a coisa sempre foi mais ou menos assim.
Abraço
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