Ainda não escrevi sobre esta coisa feia e estúpida que querem colocar na Trafaria, por onde passei ao fim da tarde de domingo.
Nem tão pouco sei se é uma acção com pés e cabeça, ou apenas mais uma "mania" destes governantes, que têm tanto de incompetente como de insólito.
Se a maior parte das mercadorias tiver como destino a margem norte do Tejo, faz algum sentido colocar mais um conjunto de monos na Outra Banda, que depois terão de atravessar o rio, pela sempre congestionada ponte 25 de Abril?
Eu sei que esta gente nem as pensa. Quando me lembro do aeroporto da Ota, está tudo dito. Andámos quase vinte anos a navegar no erro e deitar dinheiro fora...
Aliás, o segredo da poupança dos tais quatro mil milhões, está mesmo no fim do desperdício feito por esta gente que se governa e alimenta tantos escritórios e ateliers de advogacia, economia, arquitectura, etc, bons a fazer estudos disto e daquilo, que normalmente apenas servem para lhes encher os bolsos de euros...
7 comentários:
Em todas as cidades com rio, um lado é o pobre, o outro o rico.
Dum lado põe-se o que é fino, por exemplo a fundação champalimaud, do outro o que é lixo, daí os contentores.
É normal.
O que os leva a pensar que podem tomar tais decisões, por nós?
É como o acordo ortográfico. Porquê? Eu não os mandatei para tal trapaça!
Quando ouvi a notícia pensei logo no que pensarias disto e não me enganei! :-))
Abraço
eu não acho normal, Luís, mas quem manda deve achar.
boa pergunta, Cap.
é uma tristeza, Rosa.
Caro Blogger,
como é costume dizer-se: "isto anda tudo ligado". Por isso vou ensaiar uma espécie de explicação que, acrdito, outros saberão dá-la melhor que eu.
Referiu, e muito bem, o caso da Ota (apesar de, desde 1970, creio, o novo aeroporto já estar definido para Rio Frio) que hoje, já todos sabemos, teve a sua origem em interesses inconfessáveis de alguns: uns governantes, outros menos governantes mas que se sabem "governar".
Dentro desta óptica, talvez cheguemos a alguma conclusão sobre o terminal de contentores na Trafaria, se nos recordarmos da proposta de 3ª travessia do Tejo em Lisboa. Primeiro instala-se o terminal de contentores, depois conclui-se que a actual ponte sobre o Tejo não comporta o trânsito que aquele terminal induzirá naquela e, finalmente, estão criadas as condições que justificam a 3ª travessia: Trafaria-Algés!!! E ninguém, nessa circunstância, irá contestar essa 3ª travessia, oferecendo-se, de mão-beijada, os lucros da construção à empresa (que até sabemos qual é!) que melhor proposta fizer. Obviamente que a 3ª travessia também irá produzir anúncios para que os que trabalham em Lisboa invistam - i.e., comprem casa - no concelho de Almada dando-lhes a ilusão de que, com aquela 3ª travessia, irão "livrar-se" dos inconvenientes dos engarrafamentos na ponte 25 de Abril mas, naturalmente, ninguém os lembrará que, ao fim de pouquíssimos anos, a 3ª irá estar igual à 1ª, como, gradualmente, está a ficar a 2ª. É que os lucros que a construção civil (mono funcionalidade das "urbanizações") gerará não são, também despiciendos.
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