O Sol brilhava lá fora, tornando o Ginjal ainda mais belo, ao mesmo tempo que as águas tranquilas do Tejo davam um abraço amorável à Primavera.
O primeiro que apareceu foi o "Poeta Militante". Estava distante quando ele me tocou com suavidade no ombro. Olhei-o e recebi o seu sorriso quase de menino, que se escondia na sua cabeleira branca farta. Sentou-se e falou-me do rio, dos passeios que deu, apenas com a companhia das palavras que o Tejo lhe sussurrava. Pouco tempo depois fomos interrompidos pela Sophia, tão serena e luminosa, agradada por o dia estar quase perfeito, por o céu estar tão azul, acompanhado por uma mão cheia de nuvens de algodão.
Minutos depois reparámos no homem fino, do chapéu e dos óculos redondos, que estava encostado ao balcão, a saborear um moscatel da cidade do Sado. Tímido, como sempre, não sabia o que fazer para se juntar ao trio que estava sentado na melhor mesa do restaurante...
Sem combinarmos, acenámos os três em simultâneo, para que ele se chegasse a nós e nos fizesse companhia...
Ele veio, tal como as palavras, com a beleza que só os grandes e simples, conseguem transmitir.
Eu limitei-me a escutar aquelas vozes diferentes, que vinham do Tejo...
8 comentários:
Que vontade de partilhar essa mesa, Luis.
Beijinhos
Que beleza de prosa, Luís...
E que sortudo és!!!
Beijinho.
Sem poemas que bela homenagem prestaste aos nossos poetas e à nossa poesia!
E não posso deixar de te agradecer a foto.
Ver o Tejo, logo de manhã, é um privilégio...
Abraço
Fiquei uns minutinhos a olhar para o Tejo. Muitas vezes o atravessei. Há alguns anos. Hoje há o comboio...E agora senti saudades... É que eu vivo tão longe dele... Mas tenho outras águas a banharem a minha costa! : )
bora, o Ginjal espera-te, Cris...
tem dias, Maria...
é... é ver logo um mar sem ondas, Rosa...
o Tejo continua quase igual, Catarina...
mas agora tens as tuas águas...
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