domingo, março 31, 2024

Almada: a obra publicitada que não se faz (e a que se faz sem que se cumpram prazos e se notem melhorias óbvias...)


Tenho evitado escrever aqui no "Casario" sobre o Município e sobre as obras que se fazem e não se fazem. Mas ao ver ontem mais um episódio do "Portugal Fenomenal" da RTP1, que falou sobre o Presídio da Trafaria, e onde deram espaço à Presidente do Município de Almada, para falar de mais um bom projecto, constantemente adiado (a transformação do Presídio num espaço de formação superior, ligado à Universidade Nova de Lisboa) sobre o futuro daquelas instalações e da própria Localidade Ribeirinha.

Sei que há lugares mais complicados que outros, como são os casos da Lisnave e do Ginjal, para se fazer algo de novo, embora 20 e 30 anos, seja já tempo e abandono a mais. E não têm faltado projectos para estes lugares ao longo dos tempos... 

Mas há coisas mais simples, que também não se resolvem. Quando a Câmara Municipal, ainda nos tempos da CDU, adquiriu as antigas instalações da EDP, que ficam no centro de Almada (e são de tal forma grandes e importantes que podem ser adaptadas para quase tudo: falou-se muito de Loja do Cidadão, Unidade de Saúde de Cuidados Continuados, Serviços Públicos Camarários, etc), não o fez com toda a certeza, para que continuassem abandonadas, a serem degradadas pelo tempo e pelo vandalismo. É por isso que pergunto: como é que é possível que este PS (aliado ao PSD), ainda não tenha conseguido encontrar uma solução que sirva os almadenses, num dos espaços mais centrais de Almada?

Mas tudo isto é ainda mais triste se pensarmos na obra feita ou a fazer (em que se gasta dinheiro, não se cumprem prazos e fica quase tudo na mesma...). Foi assim na Praça Gil Vicente, no Largo de Cacilhas e agora no Jardim Público dr. Alberto Araújo (junto ao antigo tribunal). Há quase um ano que o jardim está encerrado ao público. Felizmente, este mês abriu-se o caminho que nos leva do Largo Gabriel Pedro à Rua Capitão Leitão. Embora tenham cercado e fechado este jardim antes de Junho, a data em que foi afixado o início das obras, que segundo as indicações do cartaz deveriam demorar 180 dias. Ora, como estamos praticamente em Abril, mesmo só a contarmos com o tal Junho do cartaz, já passaram mais de 300 dias desde o "começo afixado"...

Quem vive em Almada há mais de três décadas, como eu, nota uma diferença gritante entre os mandatos da CDU (que deixou mesmo obra...) e este PS, de Inês Medeiros, que já está no poder há mais de seis anos. Infelizmente a imagem de marca da coligação PS/ PSD, é uma Cidade mais suja, mais esburacada (as ruas nunca estiveram em tão mau estado como estão actualmente), e sobretudo, adiada...

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


2 comentários:

almadalmada disse...

Estão tão cheios do blá-blá da sua democracia a funcionar, que nem se apercebem da incompetência que destilam nas coisas mais simples que devem fazer para cuidar da própria imagem política.

Graça Pires disse...

Fico sempre com pena que não se façam as obras necessárias nas autarquias onde é possível fazê-las.
Uma boa semana.
Um abraço.