Também se nota um aumento de gente a viver na rua no Concelho de Almada. Gente quase sempre de fora. Muitos ocupam edifícios abandonados (o Ginjal continua a albergar dezenas de pessoas, o Caramujo menos, porque algumas das instalações onde pernoitavam foram "terraplanadas" e também foram colocadas redes em volta...).
Não se nota que os governos (locais e nacionais), tomem medidas para combater este flagelo (se é que isso é possível). Continua a ser a sociedade civil, através de várias instituições, que lhes oferecem alimentos e roupas, para que consigam sobreviver nesta "selva urbana".
No Caramujo existem também tendas (como as da fotografia...), penso que sejam dos romenos que viviam no espaço camarário que foi terraplanado e acamparam ali mesmo ao lado.
É complicado fazer uma análise crítica sobre a acção dos nossos governantes, quando muitas destas pessoas cultivam alguma marginalidade muito própria, não querem ter de dar satisfação a ninguém da forma como vivem, por muito miserável que seja...
Não sei se na nossa Margem organizam jantares de Natal e oferecem "prendinhas" a estas pessoas, como fazem em Lisboa (mesmo que cheire muito a hipocrísia e seja mais um produto televisivo, onde nem falta o Presidente da República, para compor o ramalhete).
Espero que se for oferecido algum apoio, seja algo mais sustentado, que permita ser Natal mais que uma vez por ano...
(Fotografia de Luís Eme - Cova da Piedade)
1 comentário:
Por aqui não há gente a viver na rua o que é um alívio mas há muito apoio em bens alimentares todo o ano.
Abraço
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