A última aconteceu durante a reunião ordinária de câmara, onde deixou bem visíveis os seus "tiques de autoritarismo", que já são quase mais famosos em Almada que o Cristo Rei, ao cortar a palavra a uma Munícipe, por esta ter usado a imagem de uma "Almada Colonial", para falar dos problemas de realojamento das pessoas que moravam no Bairro do Torrão (Trafaria).
Nem de propósito, no dia seguinte a ter lido esta notícia, fiquei preso às palavras que o ensaísta Eugénio Lisboa escreveu na revista "Ler" (Inverno de 2022), sobre a censura. Palavras que transcrevo com a devida vénia:
«A censura vem dos tempos mais remotos, porque uma das tendências mais naturais, no ser humano, é mandar calar o seu semelhante, quando este diz qualquer coisas que não lhe agrada ouvir. A expressão “Por que não te calas?” não foi inventada pelo ex-rei de Espanha, Juan Carlos. Tem uma tradição que vem de longe e não foram só os tiranos quer dela fizeram uso ou a recomendaram. O egrério Platão sugeriu, com empenho, que Homero não fosse lido por leitores imaturos - De então para cá tem sido um fartote.»
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
1 comentário:
Caro Luís Milheiro
Este "post" é uma luva que calça bem naquela mão.
Cumprimentos
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