Almada está a mudar, há já uns tempos, não para melhor, para outra coisa qualquer (tenho escrito por aqui sobre algum do "surrealismo" socialista...), que ainda não é completamente palpável, mas que é, no mínimo, estranho.
Agora foi a vez da Oficina de Cultura deixar o "fato de ganga azul" e vestir algo mais acetinado...
Oficina que está actualmente a receber a exposição individual de Beatriz Cunha, "Relicários Efémeros", que teve direito a catálogo e tudo (viva o luxo desta Oficina nova...).
Na apresentação do catálogo somos informados da mudança: [...] "Sempre aberta para receber em exposições colectivas os criadores almadenses, a Oficina de Cultura abalança-se agora, no ano em que completa 25 anos nestas instalações no centro da cidade de Almada, a acolher uma exposição individual, perseguindo deste modo uma prática que pretende incutir um espírito inovador na sua programação. "[...]
O primeiro comentário que faço é este: «Que bom que é inovar, ignorando os artistas almadenses!»
Acho mesmo uma vergonha, que as três melhores galerias de arte de Almada, estejam praticamente vedadas aos artistas do concelho (Casa da Cerca, Galeria Municipal e agora, pelos vistos, a Oficina de Cultura...).
E estranho o silêncio das Colectividades Culturais do Concelho de Almada, e sobretudo, dos seus artistas...
(Fotografia de Luís Eme)
2 comentários:
Ninguém é santo ba sua terra, Luís.
Abraço
A mudança na autarquia infelizmente parece estar de costas para Almada,o concelho e os almadenses.
Já se me tinha constado esse fechar de portas aos naturais ou residentes do concelho.
Parece que se vai de mal a pior.
Quando não se conhece Almada a arrogância pessoal cultural tem dessas coisas.
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