Há cinquenta anos, a 6 de Agosto de 1966 todos os caminhos foram dar à nova Ponte Sobre o Tejo, que finalmente iria unir a Capital ao Sul do país e provocar um crescimento desmedido em toda a Margem Sul, especialmente nos Concelhos de Almada e Seixal.
Nesta fotografia assistimos à chegada do Presidente do Concelho (mais pomposo que primeiro-ministro), Oliveira Salazar, que sempre torceu o nariz a esta obra (votou contra, tal como o ministro das finanças de então, no Conselho de Ministros de 14 de Janeiro de 1959 e que seria aprovada por maioria), mas foi forçado a aceitá-la, em nome do progresso (outra palavra que lhe fazia cócegas...).
Ele também "fingiu" não querer aceitar o nome, "Ponte Salazar"... mas lá ficou, pelo menos até à Revolução de Abril de 1974...
(Fotografias de autor desconhecido)
(Fotografias de autor desconhecido)
2 comentários:
Pelo que se escreve, afinal Salazar não era tão ditador como se apregoa.
Vergou-se face à maioria dos votos em nome do progresso.
Nesta nossa Almada, contrariamente à opinião dos almadenses, a Câmara Municipal de Almada liderada, demasiado tempo, pela retrógrada Emília de Sousa com os seus acólitos que passaram para esta actual gerência, em nome do progresso (a que Salazar se vergou) - o da Emília era falso - meteu linhas férreas no meio do principal eixo viário e avenidas de Almada (trucidando e insultando os almadenses, apelidando de fascistas os que criticavam a sua opção e opinavam diferente de todos os sábios ditos comunistas da CMA e "opinion makers" de conveniência, convidados como "experts" pela CMA, a troco de não sei) para meter um comboio que não serve Almada e dá elevado prejuízo ao erário público, custando caro aos portugueses e, ela com seus companheiros da desgraça, assim conseguiu destruir o comércio e toda a vida económica e social em Almada.
Hoje Almada é um miserável resíduo urbano, um subúrbio na periferia de Lisboa quando tinha todas as condições naturais para ser uma cidade apelativa a todos os turistas que visitam a capital.
Veja-se o estado em que está o Ginjal e também os terrenos da Lisnave.
Claro que a CMA não tem qualquer responsabilidade, essa é dos outros...do governo (admito que também, mas não principalmente e não só, dos privados e dos interesses do grande capital.
Os ditos intitulados comunistas são puros, honestos, trabalhadores e sempre competentes.
A democracia (não digo que em Portugal vivamos numa democracia) não é para todos e não conheço nem ainda encontrei qualquer livro que referisse a existência de uma democracia onde lideram comunistas (pelo menos que o sejam).
Será que só é bom dizer-se comunista em regimes capitalistas e quando se vive à conta deste sistema?
Se é assim então "o lado certo" existe!
É uma obra de engenharia e tanto... Almada ficou mais perto de Lisboa e desenvolveu-se apesar de muita coisa se ter excedido. Quanto ao ditador toda a gente sabe quanto ele era avesso ao progresso. Tinha medo que o seu poder fosse abalado... Eu já trabalhava nessa altura e confesso que fiquei contente com o feriado que tivemos.
Um abraço, Luís.
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