quarta-feira, dezembro 17, 2014

O Adeus Discreto de Machado Soares


Fernando Machado Soares faleceu no passado dia 7 de Dezembro, com discrição, como aliás foram passados os seus últimos anos de vida.

Por ser uma figura simpática, respeitada e querida dos almadenses, o quase silêncio em redor da sua morte, fez com que trocasse impressões com alguns amigos. Com o Carlos que me deu a triste notícia no passado sábado e também com duas pessoas ligadas ao movimento associativo e cultural de Almada, cuja opinião foi unânime: falta um jornal em Almada, para nos dar notícias da Cidade e dos seus habitantes. E falta mesmo.

Mas sem o apoio empresarial ou autárquico local é impossível manter um semanário. Os empresários não estão para ai virados e o poder autárquico ainda menos, pois prefere não ser questionado nas suas decisões (principalmente as mais polémicas) nem que alguns temas venham para a "praça pública".

Voltando a Machado Soares, que chegou ao topo da sua carreira enquanto magistrado como Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, foi também uma das vozes mais populares do fado de Coimbra. Ainda estudante fez parte do Orfeão Académico de Coimbra e da Tuna Académica, para de seguida ser uma das principais vozes do "Coimbra Quintet", do qual também fizeram parte Zeca Afonso e Luís Góis.

Curiosamente um dos fados de Coimbra mais conhecidos de todos nós é uma criação sua. Referimo-nos à "Balada da Despedida (Coimbra tem mais encanto/ na hora da despedida...)". Cuja referência acaba por ser uma boa forma de nos despedirmos e homenagearmos esta grande figura da nossa Cultura e Justiça.

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