terça-feira, maio 30, 2006

Cais do Ginjal

São ruinas
o que nos surge
ao longo do cais.

As pedras atiradas sem dó
cegaram as janelas
onde o rio se reflectia
talvez, no seu último refúgio.

Sob o céu azul de Outono,
restam apenas paredes,
com profundas feridas
por sarar,
numa espera agonizante
que ficará na memória,
de quem por aqui passar.

Numa manhã chuvosa,
ou
numa bela
noite de Luar.

Alberto Afonso

6 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns Alberto Afonso. Lindo este poema, como são todos os que escreves. Sentidos, com a alma na ponta dos dedos e, por isso, cada palavra escrita é um pedaço de magia, prenhe de emoções. E obrigada Luís, pelo nascimento deste cantinho. Cá voltarei mais vezes, com toda a certeza.

Anónimo disse...

a

Anónimo disse...

Bonito poema...

Anónimo disse...

Obrigada, Ermelinda pelas tuas bonitas palavras. São estes gestos,estes pequenos nadas, que nos dão força para continuar a escrever, dando assim, sentido ás palavras que se desprendem de nós.

Anónimo disse...

Para ti Luis, aqui fica o meu agradecimento pelo poema que colocaste no teu Blog.Uma oportunidade para que outros possam conhecer, e dar a sua opinião, sobre a poesia que cada um de nós possa escrever.

Anónimo disse...

Alberto Afonso escreve a tristeza que vai na alma daqueles que dia a dia vêm crescer esta ferida aberta na carne viva da nossa cidade.

Henrique Mota