sexta-feira, fevereiro 28, 2025

Festa das Artes da SCALA: 30 edições, 264 artistas, 2200 obras


Amanhã é inaugurada na Oficina de Cultura de Almada a 30.ª edição da Festa das Artes da SCALA.

Embora não esteja isenta de interrogações  e até de exclamações, tem algo único, quase impensável nos nossos dias: a continuidade dessa coisa utópica que é a "democracia" no mundo das Artes, onde, a realidade dos dias - quase todos os dias -, passa o tempo a dizer que não há espaço para todos.

Talvez a Festa das Artes da SCALA tenha alguma ficção, daquela que se gosta de misturar com a realidade...


quinta-feira, fevereiro 27, 2025

O Ginjal no filme os "Verdes Anos"...


Uma das coisas curiosas do filme "Verdes Anos", de Paulo Rocha, foi a travessia do rio de cacilheiro e a passagem pelos restaurantes do Ginjal.

Claro que a visita ao saudoso "Floresta do Ginjal", teve uma nota crítica, dita pela personagem interpretada por Paulo Renato. Este sentou-se viu a lista e depois ensaiou uma "saída à francesa".


Já na porta virada para o Ginjal, disse que o restaurante (sem dizer o seu nome...) "era bom para ver as vistas e para enganar estrangeiros", acabando por ir almoçar um pouco mais à frente ou logo ao lado, à "Tasca do Pescador", dos Bagueiras, onde havia sempre peixe e marisco fresco, a preços mais convidativos...

 (Fotogramas do filme "Verdes Anos")


quinta-feira, fevereiro 13, 2025

"três amigos, três olhares (tão diferentes - tão iguais)"

 


(textos da contracapa do folheto da exposição)

«É sempre agradável assistirmos ao reencontro de três Amigos, através da mostra dos seus trabalhos mais recentes, onde é bastante perceptível o seu crescimento artístico.

Embora se notem diferenças nas formas e nas cores que escolhem para se manifestar enquanto artistas, continuam iguais naquilo que é mais importante, transformando esta exposição num verdadeiro hino à amizade.»

Américo D’ Souza


«A Alzira, a Goreti e o Hélder são um bom exemplo de quem olha para a pintura como uma forma de expressão artística, lúdica, onde o prazer de criar, de fazer algo novo, se sobrepõe a qualquer outra coisa.

É bom encontrarmos harmonia, mas também simplicidade, nas cores e formas que escolhem, nas suas tentativas de tornar o mundo numa coisa mais bonita…»

Luís Milheiro


terça-feira, fevereiro 11, 2025

«Há um olhar sobre o passado em Almada. Mas, e o presente, onde é que está?»


Sei que posso estar enganado, até por hoje ser uma pessoa "mal informada" (basta não ter redes sociais, por onde tudo circula...), mas faz-me confusão sentir que não há oposição política em Almada.

Quando se percebe com alguma nitidez, que Almada está muito pior do que era, há dez anos. Basta andar pelas ruas e perceber que nunca existiram tantos buracos nas estradas, tanto lixo à vista de todos, e zonas verdes completamente descuidadas.

Mas posso continuar: a realização de obras públicas de melhoramento são uma desgraça, nunca são cumpridos os prazos (há diferenças superiores a seis meses e até um ano) e sente-se muitas vezes que se gastou "dinheiro para nada", ou seja, ficou tudo, mais ou menos igual.

Mas onde noto mais diferenças é na oferta cultural. É muito menor. Isso também acontece por que se tentou, com êxito, asfixiar o associativismo local (há dezenas de colectividades que fecharam portas nesta última década, por falta de apoio...).

Lá estou eu a deixar a "caneta" escrever sozinha... 

O que que queria dizer, é muito simples. Faz-me confusão que o vereador António Matos, eleito pela CDU, faça excelentes retrospectivas do passado, do trabalho meritório que o seu partido realizou em Almada e nunca fale do presente. 

E tem tanta coisa para criticar!

Daí a pergunta que dá título a estas minhas palavras: «Há um olhar sobre o passado em Almada. Mas, e o presente, onde é que está?»

Até parece que está tudo bem em Almada, pelo menos para a CDU...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)