sexta-feira, dezembro 22, 2023

Um dos nossos flagelos sociais mais visíveis...


Um dos problemas sociais crescentes no nosso país é o aumento de gente sem-abrigo, ou seja, pessoas que vivem nas ruas. Uma boa parte destes novos "filhos da rua" são estrangeiros e adoptaram uma nova forma de se viver, com mais privacidade, usando pequenas tendas de campismo que montam em qualquer lugar, principalmente na Capital.

Também se nota um aumento de gente a viver na rua no Concelho de Almada. Gente quase sempre de fora. Muitos ocupam edifícios abandonados (o Ginjal continua a albergar dezenas de pessoas, o Caramujo menos, porque algumas das instalações onde pernoitavam foram "terraplanadas" e também foram colocadas redes em volta...).

Não se nota que os governos (locais e nacionais), tomem medidas para combater este flagelo (se é que isso é possível). Continua a ser a sociedade civil, através de várias instituições, que lhes oferecem alimentos e roupas, para que consigam sobreviver nesta "selva urbana".

No Caramujo existem também tendas (como as da fotografia...), penso que sejam dos romenos que viviam no espaço camarário que foi terraplanado e acamparam ali mesmo ao lado.

É complicado fazer uma análise crítica sobre a acção dos nossos governantes, quando muitas destas pessoas cultivam alguma marginalidade muito própria, não querem ter de dar satisfação a ninguém da forma como vivem, por muito miserável que seja...

Não sei se na nossa Margem organizam jantares de Natal e oferecem "prendinhas" a estas pessoas, como fazem em Lisboa (mesmo que cheire muito a hipocrísia e seja mais um produto televisivo, onde nem falta o Presidente da República, para compor o ramalhete). 

Espero que se for oferecido algum apoio, seja algo mais sustentado, que permita ser Natal mais que uma vez por ano...

(Fotografia de Luís Eme - Cova da Piedade)


1 comentário:

Rosa dos Ventos disse...

Por aqui não há gente a viver na rua o que é um alívio mas há muito apoio em bens alimentares todo o ano.

Abraço